Fotos

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Sakura pov

As semanas foram passando e eu pude perceber que criei um relacionamento muito gostoso com Obito, ele é um bom ouvinte e sempre me faz rir, também temos nossas conversas sobre arte, fotografia e isso com certeza é um ponto positivo. É confortável estar com ele, posso dizer até que me sinto livre. Ele me entende e respeita meu jeito de levar a vida, minha relação com as pessoas, minha relação com a Ino e principalmente a nossa relação. O Kakashi me parece meio incomodado as vezes, no entanto, sempre deixei muito bem claro para ele o que tínhamos e o que ainda temos, as vezes a gente se pega em casa. Rio baixo com essa constatação. Nunca foi minha intenção ficar entre os dois, mas cá estou eu, sentada entre os dois homens que eu estou transando, ou eu sou muito sem noção ou eu sou muito sortuda.

— Ei! — Ino sentou-se no banco a nossa frente. — Vocês viram o Itachi?

— Não, ele tem aula hoje? — O prateado perguntou.

— Tem sim e ele sempre nos encontra aqui no intervalo, o que será que houve? — Ela franziu o cenho.

— Manda mensagem 'pra ele. — Olhei para frente. — Ah, nem precisa, olha ele ali. — O Uchiha vinha a passos largos em nossa direção e sentou ao lado da Ino bufando. — Credo homem, o que houve?

— Meus pais... — arqueei a sobrancelha, eu juro por deus que se tivermos de nos separar eu tenho um treco —, vão mandar o meu irmão 'pra passar as férias aqui. — Respirei aliviada, mas sou logo interrompida.

— O que? — Kakashi e Obito falaram em coro. Eu olhei para um e para o outro com os olhos arregalados.

— O que tem de mais? — Perguntei confusa.

— É difícil controlá-lo e sem meus pais por perto. — Ele soltou o ar com força. — Ele vai me dar dor de cabeça. — O moreno massageava a testa com os dedos.

— Calma, Itachi. — Me inclinei no banco e apoiei a mão em seu ombro. — Agora você tem a nós para controlar o seu irmão caçula. — Sorri. — Vai ficar tudo bem.

— Como se isso fosse fácil. — Obito revirou os olhos. Cruzei as pernas por cima das dele e me encostei no Hatake que circula meu ombro com seu braço.

— Vocês estão muito tensos... talvez precisem relaxar. — Olhei para a Ino com um sorriso de canto e ela me olhou sacana.

— Ei, espera aí... — Itachi ficou nervoso e eu e a Ino gargalhamos alto.

— Deixa 'pra lá amiga, eles não estão preparados para o nosso mundo. — Levantei do banco e dei um selinho nos meus casinhos, adoro essa denominação. — Tenho aula agora. — Fui me distanciando deles indo em direção a minha sala e recebi uma mensagem, parei para olhá-la ainda próximo a eles.

Obito: Quer tirar aquelas fotos hoje?

Com certeza.

Virei para trás e pisquei para o Obito. A aula passa tão devagar que quase durmo com esse assunto sobre embriologia, pense em uma coisa que não me interesso, além de que, tudo que consigo pensar é em que lingeries usar para o ensaio fotográfico com Obito, tenho certeza que vai ser divertido. Finalmente a aula acabou e fui a passos rápidos para o meu carro, cheguei em casa e subi a escada, entrei no meu quarto e fui até a minha gaveta do paraíso para procurar meus melhores sutiãs e calcinhas, rendas, transparências, calcinhas finas e shortinhos, bordados e flores. Peguei uma pequena bolsa e coloquei tudo dentro, tomei um banho demorado para relaxar meu corpo e obvio, ficar cheirosa, ao sair do box peguei o secador para secar meus cabelos.

A primeira lingerie que escolhi é uma azul, tenho quase certeza que se aproxima do tom de azul da poltrona de veludo, é nela que quero tirar as primeiras fotos. A calcinha pequena possui rendas nas laterais e o tecido é quase transparente, o sutiã meia taça no mesmo estilo com rendas em baixo e em cima. Me olhei no espelho e tudo que imagino é a carinha do Obito ao me ver dentro dessas peças minúsculas. Coloquei um short jeans rasgado, uma regata solta branca e uma jaqueta jeans, básica do jeito que eu gosto. Peguei minha bolsa, coloquei meu tênis e entrei no carro rumo ao estúdio dele, liguei o som bem alto e em tamanha animação cheguei rápido em frente ao galpão 16.

Cheguei.

Vi ele abrir a porta portando uma câmera pendurada em seu pescoço e a blusa preta regata deixando suas tatuagens a mostra me fazendo suspirar. Saí do carro e atravessei a rua.

— Você trouxe muita coisa não?

— Quero ficar sensual em todas as fotos. — Sorri e dei um beijo nele que me agarrou pela cintura. — Se for 'pra começar algo que seja lá dentro. — O mirei sacana. Entramos no galpão e sento na poltrona que eu já escolhi como favorita. Tirei minha blusa e Obito me mede de cima a baixo. — O que acha? Combina com o ela? — Bati as mãos nos braços da poltrona e sorri mordendo o lábio inferior.

— Você combina com qualquer coisa, cerejinha. — Ele se inclinou sobre mim se apoiando no encosto e sua língua circulou meus lábios.

— Eu vou querer arrancar a sua roupa ao invés de tirar fotos, lindo.

— Você 'tá certa, me desculpe. — Ele se afastou e pediu para eu levantar da cadeira para poder a posicionar em frente as luzes. Fui até a minha bolsa retirando um scarpan preto de dentro, tiro meus tênis e coloco o sapato nos pés. Fui caminhando até ele e quando ele virou sua boca quase toca o chão. — Você está... — Fechei a boca dele com dois dedos.

— Você pode babar depois da sessão de fotos, delicia. — Me sentei na poltrona apoiando as pernas cruzadas no braço da mesma. — Me guie.

— Você está perfeita. — As horas passavam enquanto Obito me posicionava a cada novo clique, troquei de lingerie algumas vezes e fiz questão de provocá-lo todas as vezes, mesmo ele dizendo para eu ir até o banheiro para me trocar, preferia fazê-lo diante de seus olhos. É excitante ver o olhar cheio de desejo que ele me dava. — Desse jeito não vou conseguir me segurar, Sakura.

— Não pedi para você se segurar. — Sorri de canto e ele veio em minha direção, me levantou pelas coxas e distribuiu beijos pelo meu colo e pescoço. — Você é sempre tão... — Ele tomou meus lábios, sua língua explorou todos os lugares já tão bem conhecidos por ele. Senti a parede gelada encontrar as minhas costas, apertei minhas pernas ainda mais em seu corpo fazendo nossas intimidades roçarem uma na outra, gememos entre nossos lábios.

— Sakura... — Viramos a cabeça rapidamente e nossos olhos pousaram em Kakashi que estava parado na porta de entrada, percebi que Obito ficou nervoso e me colocou no chão. Tudo que passa pela minha mente é: safadeza, perversão e muito prazer. Andei calmamente até o Hatake que manteve seu semblante em expectativa, eu conseguia medir esses dois a distância, fiz questão de rebolar meu quadril e pisar firme com meus saltos no chão de madeira. Encaixei minha mão na nuca dele e olhei fundo nesses olhos negros que sempre me desestabilizam.

— Quer se juntar a nós Kakashi? 

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