República da Folha - Reescrevendo

Proposta

Itachi pov

Falei do Hatake e olha só com quem acordei em minha cama. Vou confessar que não tinha como me conter, quando já restava poucos convidados na festa, Ino começou a dançar para mim, me deu um beijo molhado no pescoço que me pegou completamente desprevenido e entrou em casa. Claro que fui atrás dela, tomei seus lábios no corredor e não demorou muito para ela mesma abrir a porta do meu quarto, o resto já deu para imaginar. Com o passar dos dias a gente conversava, nos entendíamos muito bem na cama, bem até demais, a gente se esgueirava pela casa, nos beijávamos na cozinha ou na sala e a adrenalina dominando nossos corpos com a probabilidade de alguém nos pegar era excitante, então mantivemos nossa relação assim.

O primeiro dia de aula começou movimentado com os primeiros indícios de atitude do Shikamaru em relação a Temari, não vejo a hora desses dois se entenderem. Segui para minha aula após o intervalo e quando cheguei em casa já era tarde. Percebi que a moto da Temari não estava, mas o carro da Sakura estava estacionado na garagem, mesmo assim não encontrei ninguém no andar de baixo e o silêncio dominava a casa. Fui tomar um banho e preparar algo para comer, faminto era pouco para o estado em que me encontrava, quando escutei barulho na porta da frente fui até lá encontrando Temari e Shikamaru completamente encharcados, ele com a roupa rasgada e ela com um leve sorriso no rosto, com certeza essa cena não fez o mínimo de sentido.

— O que aconteceu com vocês dois? — Arregalei os olhos ao ver mais de perto a situação dele. — Shikamaru! Você tá sangrando.

— O que aconteceu? — Sakura perguntou descendo a escada assustada.

— Saímos 'pra dar uma volta de moto, mas começou a chover. — Temari falava naturalmente. — Acabamos derrapando e caindo no acostamento, não foi nada demais. — Não consegui deixar de reparar que a Sakura, a Ino e o Kakashi desceram juntos e eles estão com o cabelo molhado, isso está esquisito.

— Vocês estavam os três lá em cima?

"Por que eu perguntei isso em voz alta?"

— Ué, nossos quartos são lá em cima. — O Hatake respondeu. — Não entendi a pergunta.

— E todos resolveram tomar um banho ao mesmo tempo? — Temari tocou o cabelo do Kakashi, mas Sakura logo desviou do assunto dizendo para o Shikamaru ir tomar banho.

Fomos todos para cozinha esperar o Shikamaru para a Haruno poder fazer curativos nele, afinal, ela estava fazendo medicina, ninguém era mais indicado que ela. Quando ele aparece, finalmente confessa o que sente por Temari, honestamente, estou aliviado. Talvez agora essa guerra deles acabe de vez e todo mundo viva em paz aqui dentro. Depois do jantar vou para o meu quarto e me deito na cama, não consigo parar de pensar o quanto foi estranho os três... não, só deve ser uma coincidência.

[...]

O dia hoje na faculdade foi corrido, mal tive tempo de almoçar ou ver as meninas na hora do intervalo. Estamos só na segunda semana de aula e os professores já estão pegando pesado, que saudade do ensino médio. Solto uma risada. "O que eu estou falando? É claro que prefiro a liberdade que tenho agora." Fiquei estudando até tarde na biblioteca e acabei chegando em casa já na hora do jantar. Coloquei a chave na fechadura e escutei gritos. Suspirei revirando os olhos. Abri a porta e a primeira coisa que vejo e o Shikamaru levando um tapa na cara da Temari, o que me deixa perplexo.

— O que tá acontecendo? — Arregalei os olhos.

— Pergunta 'pro cafajeste aqui. — Temari sai pisando forte pro jardim, olhei para o Shikamaru que acariciava o seu rosto. Sacudi a cabeça esperando uma resposta.

— Que saco... A garota que dormi na festa...

— Eu não quero nem saber. — Eu o interrompi. — Se resolvam... — Fecho a porta atrás de mim e rumei para o meu quarto.

— Oi, lindo. — Ino só de lingerie em cima da minha cama com um livro meu em mãos é o que me faz arrancar um sorriso do rosto. — Estava te esperando. — Ela sorriu sacana. Largo minha mochila no chão e sorrio ao me jogar em cima dela.

— Você é... uma gostosa. Já disse isso? — Palavras escapavam da minha boca entre nossos beijos.

— Várias vezes, enquanto me fodia. — Ela puxou meu lábio inferior com os dentes e abraçou minha cintura com as pernas. Beijei seu pescoço e suas mãos já foram logo para a minha camiseta a retirando. — Você demorou... tive que me divertir sozinha. — Um sorriso tão safado brota em seus lábios e a mirei surpreso. — O que? Acha que eu vou ficar com tesão e ficar te esperando? — Soltei um riso.

— Nunca pedi isso e jamais pediria. Inclusive, me mostre o que você estava fazendo... — Sorrio de canto e sentei na cama em frente as suas pernas que já estavam abertas. Que visão maravilhosa, ela passa a mão em sua intimidade por cima da calcinha azul de renda, olhei para o seu rosto e ela passou a língua nos lábios fechando os olhos. Sua outra mão acaricia seus seios e meu deus, meu pau já está latejando, essa mulher acaba comigo.

— Itachi. — Ela gemeu meu nome e não me aguentei, precisei tocar seu corpo. Avanço para cima dela, segurei sua coxa grosa e afundo meus dedos na sua carne, beijei o seu pescoço, arranquei seu sutiã e chupei o bico de seus seios que já estavam totalmente enrijecidos. — Isso Ita... — Ela enfiou os dedos entre meus cabelos e me puxou para me beijar, mas eu neguei com a cabeça lambendo os lábios.

Passei as mãos pela sua cintura e desci para o meio de suas pernas, tirei sua calcinha até cruzar seus calcanhares. Sempre me perco em seu gosto — ela é deliciosa — meus olhos encontraram os dela e a vejo mordendo os lábios, ela acariciava seus seios e com uma das mãos agarrava meus cabelos me afundando ainda mais em seus lábios.

— Ah, Itachi... — Minha língua circulava seu clitóris e seus gemidos eram música para os meus ouvidos, a explosão de sabor chegou a minha língua, seu ápice havia chegado e tratei de chupar até a última gota.

— Preciso de você aqui dentro, agora. — Essa vai ser uma ordem que sempre vou obedecer. Pego o preservativo, a penetro devagar analisando todas as expressões de prazer que ela fazia, entretanto, eu sei o que ela quer. Deslizo meu pau para fora e arremato de vez deixando escapar um grito pela minha garganta que misturou ao dela, tão gostoso. Depois da gente transar não uma, mas três vezes, deitamos na cama exaustos fitando o teto. — Tenho uma proposta 'pra você. — Ino virou para mim.

— Por que será que eu não estou gostando do seu tom? — Olhei para ela de canto.

— Bom, confesso que estou meio receosa por te perguntar isso... — A loira deu uma longa pausa.

— Mas? — digo esperando que ela continue. — Vai Ino, 'tô começando a ficar nervoso.

— Bom, como vou te falar isso... — Ela olhou para cima pensativa e eu peguei a garrafa de água na mesa de cabeceira. — Você já fez um ménage?

— O que? — Arregalei os olhos e quase me engasguei com a água que tinha acabado de colocar na boca.

— Você quer que eu explique ou...

— Eu sei o que é um ménage, Ino! — A interrompi. — Essa é a proposta?

— É... sim. Você acha ruim? — Ela mordeu o lábio.

— Não, mas... confesso que foi algo inesperado. Com quem seria?

— Então você está interessado? — Ela deu o sorriso que só ela sabe dar, eu adoro o quão devassa é essa mulher.

— Você joga baixo dona Yamanaka. — Ela deu de ombros. — Me diga, com quem?

— Com a Sakura. — Meus olhos piscavam várias vezes para ter a certeza que não estou sonhando.

— Como é?