O jantar Uchiha

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Itachi Pov

Quando saímos do avião, pegamos nossas malas na esteira e seguimos para o saguão de desembarque do aeroporto de Tóquio. Corremos nossos olhos por toda aquela multidão e então vi o Tio Madara de terno e os braços cruzados, como sempre mantendo a pose de homem sério, Shisui ao lado dele olhando para nós sorrindo. Por um momento tinha esquecido que eu transei com meu "quase" primo e que uma reunião de família traria uma carga a mais sobre isso.

— Oi, Ita. — O sorriso sugestivo brincava nos lábios de Shisui. Olhei para ele repreendendo sua expressão e sorri cumprimentando os dois. — Tobi, está bem? — Ele abraçou o irmão.

— Como estão rapazes, foi boa a viagem? — Madara perguntou.

— Sim, pai. — Obito disse animado.

Andamos até o estacionamento e entramos no enorme Jeep, Madara é o mais velho dos meus tios, então ele ainda tem aquela concepção antiga de que precisa manter o carro grande, além da carranca no rosto para todos o respeitarem. Ele me deixou na casa dos meus pais e seguiu caminho. Entrei em casa e logo vi o Sasuke vir em minha direção para me abraçar, minha mãe saiu da cozinha ao ouvir o barulho da porta e me abraçou também, ela perguntou sobre a viagem e se eu estava com fome, disse que sim, afinal, os lanches do avião hoje em dia não são lá essas coisas, em seguida eu e Sasuke subimos a escada em direção ao quarto de hóspedes.

— Por que diabos você está morando com nossos pais? — Vinquei as sobrancelhas.

— Calma Itachi, tudo ao seu tempo. — Ele falou tranquilamente e se jogou na cama.

— Sasuke, eu juro que eu vou... — Ele riu debochado.

— Tenha calma irmão, amanhã papai vai fazer um anúncio e você vai entender tudo. Não se preocupe, está tudo bem. — O mirei de soslaio achando tudo muito estranho, me recostei na cabeceira da cama e tirei o celular do bolso.

Oi minha linda, cheguei em casa. Foi tudo bem?

Ino: Oi amor, foi sim. Estou em casa também.

Hina e Naruto estão vindo 'pra cá

Vê se não aprontem muito, 'hahaha

Ino: Não vou fazer nada que você não

faria. 'rs

Safada.

— Itachi, Sasuke, venham almoçar. — Escutei a voz da minha mãe e eu e o Sasuke levantamos para ir até a cozinha. — Seu pai ainda está na empresa, por isso que seu tio foi buscar vocês.

— Tudo bem, mãe. Sei como o papai é ocupado. — Sorri para ela.

— Nem tanto assim. — A voz grave do meu pai ecoou no ambiente.

— Fugako, terminou cedo, querido? — Minha mãe sorriu animada.

— Adiantei tudo que tinha pela manhã para poder almoçar com minha família. — Ele veio em minha direção e eu levantei para abraçá-lo. — Quanto tempo meu filho, você está magro ou é impressão minha?

— Também achei, Fu. — Minha mãe concordou e eu revirei os olhos.

— Não comece, dona Mikoto. — Rimos e sentamos a mesa para almoçar. Realmente, parecia que estava tudo bem, mais do que eu achei que estaria inclusive, no entanto, o que está me deixando inquieto é: o que será que meu pai vai falar amanhã?


[...]


Quando minha mãe resolvia dar um jantar, é praticamente como se fosse sair em alguma revista e os paparazzis a qualquer momento chegariam para tirar fotos dos convidados. Ela contratou um buffet e tudo isso para quê? Eu estava começando a estranhar a comportamento do Sasuke e do meu pai, andavam de conversinha para cima e para baixo e isso está me irritando.

Vi o Obito e o Shisui cruzarem a porta de entrada junto do meu tio Madara, finalmente alguém com quem posso conversar. Eles se juntaram a mim perto do bar e pegaram suas bebidas para começarmos a noite que se seguiria, chata como sempre, afinal as reuniões da família Uchiha não eram uma festa da República da Folha, com música alta, vários jovens bebendo e se pegando pelos cantos da casa. O máximo que íamos ter por ali era comida boa, bebida cara e música clássica a noite toda.

— Por que o Sasuke voltou a morar com seus pais? — Obito me perguntou.

— Eu não descobri ainda, mas eles vivem de cochichos pela casa, isso está me tirando do sério. — Dei um gole em meu whisky. — Sasuke disse que ele vai fazer um anúncio hoje.

— Como? — Obito franziu o cenho. — Que história é essa?

— E aí, primo. — Sasuke abraçou o Obito, que sorriu ao abraçar meu irmão engatando uma conversa em seguida.

— Quando foi que isso aconteceu? — Shisui apontou para os dois e eu dei de ombros.

— Eu vou ao banheiro. — Larguei o copo em cima do balcão de madeira e segui em direção ao corredor, entrei no lavabo, fiz o que tinha que fazer e apertei a descarga. Fechei o meu zíper, lavei as mãos e destranquei a fechadura abrindo a porta em seguida.

— Shisui...

— Isso me faz ter lembranças. — Ele apoiou as duas mãos uma de cada lado no batente da porta impedindo a minha passagem.

— Nem invente, estamos em um jantar de família e se... — O moreno colocou o dedo indicador em meus lábios e adentrou o banheiro me empurrando, trancando a porta em seguida. — Shi... — Não consegui terminar a frase já que ele olhava como se fosse me atacar a qualquer momento e um arrepio subiu pelo meu corpo me fazendo morder o lábio. Seria hipocrisia dizer que ele me olhando assim não faz correr um choque elétrico por todo o meu corpo.

— Diz que você não quer tanto quanto eu. — Um sorriso safado se apossou do seu rosto enquanto ele dava passos lentos em minha direção.

— Você sabe que mesmo que eu queira, isso seria imprudente.

— Que se foda, Itachi. — Ele agarrou a minha nuca e me empurrou contra a parede fazendo nossos corpos se chocarem, ele alcançou meus lábios com os seus, sua língua envolveu a minha em um beijo quente e molhado. Passei meu braço pela sua cintura e o puxei aproximando ainda mais nossos corpos, senti sua língua tomar o rumo do meu pescoço e depois chegar a minha orelha, onde ele mordeu de leve meu lóbulo me fazendo arfar. — A Ino não vai se importar, não é? — Meu pau estava latejando em excitação e tudo que consigo pensar com essa pergunta era o quanto a loira adoraria estar aqui presenciando essa cena, ou melhor, participando.

— Não... — falei com dificuldade devido ao tesão que já tomava conta de mim e as mãos do Shisui que passeavam pelo meu corpo sem nenhum pudor. — Ela adoraria estar no meio disso.

— Não duvido. — Ele desceu a mão pelo meu abdômen por cima do tecido da minha camisa social. Engoli em seco quando a mão dele agarrou com vontade a minha intimidade por cima da calça. — Você... está duro, Ita. — Shisui sussurrou em meu ouvido. — Assim como eu. — Ele pegou a minha mão e colocou em seu pau completamente enrijecido.

Seguramos o cós da calça um do outro com uma certa urgência, abaixando apenas o suficiente para começarmos a nos masturbar enquanto nos beijávamos freneticamente, nossas respirações já estavam ofegantes e o suor escorria em minha testa, ele puxou minha cabeça para trás segurando os meus fios me fazendo soltar um gemido de dor e prazer. Agarrei seus ombros o girando rapidamente, invertendo nossas posições, mas ele me puxou pela cintura.

— Shi, nós... precisamos... parar... — falei entre gemidos. Ele beijou meu queixo, meu pescoço e voltou a minha boca dando mordidas em meu lábio inferior sem parar o movimento em meu pênis. — Precisamos voltar...

— Talvez ninguém sinta nossa falta, Ita.  

Me deixei levar, me entreguei ao momento e me dediquei a dar e receber prazer. Foi isso que a Sakura me disse, que sexo é dar e receber prazer e que se foda mesmo, isso aqui está bom demais para parar agora. Batidas na porta nos tiram do transe em que estávamos e Shisui rapidamente tampou a minha boca com a mão, meus olhos arregalaram e eu senti meu estômago embrulhar.

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