Preocupações

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Sakura pov

Quando Itachi perguntou se estávamos os três lá em cima meu corpo gelou, ainda bem que o Hatake sabe responder rápido. Isso me fez lembrar do por que fazíamos nossas festas de forma sigilosa, as pessoas com certeza não estão prontas para os nossos gostos e odeio ter que esconder isso. A gente era livre para fazer o que queria na nossa cidade, mas aqui em Kagoshima é diferente, a cidade é grande demais, com pessoas demais e isso poderia sair do controle. Depois de fazer os curativos em Shikamaru, fizemos o jantar e sentados à mesa, escutamos a história toda do acidente de moto, nós vibramos ao saber de como acabou, claro, queríamos a felicidade dos dois. Maneei a cabeça para Ino para gente subir para o quarto, eu estava realmente preocupada. Itachi não é trouxa, muito menos a Temari. Entramos no quarto e tranquei a porta.

— Ino, caso eles desconfiem de algo a gente tá perdida.

— Por qual motivo? — A loira sentou em minha cama como se nada tivesse acontecendo. — Kakashi não vai falar nada.

— Não tenha tanta certeza, conhecemos ele a apenas algumas semanas e olhe só 'pra nós, sendo loucas o suficiente para nós enfiar na cama com ele. — Suspirei e me deitei ao lado dela levando as mãos à cabeça.

— Para de se preocupar tanto com isso, desde que começamos com nosso "hobbie" — Ela levanta as mãos fazendo aspas. — Você sempre se preocupou demais. Vamos só viver, Haruno!

— Sabe que não podemos fazer isso. — A mirei de canto de olho. — Se eles souberem o que a gente fazia na nossa cidade, por deus, não quero nem pensar.

— Ninguém vai descobrir nada, deixe de ser tão neurótica. — Ino me abraçou e ficamos deitadas em silêncio por alguns minutos.

— Você disse que poderíamos fazer uma troca. — Ela levantou e cruzou as pernas virando para mim.

— Ah não... — Revirei os olhos. — Sério que é com isso que você tá preocupada?

— O Itachi é um gostoso, amiga e ele transa tão bem... — Ela me cutucou e levantou as sobrancelhas. — Por favorzinho. — A loira juntou suas mãos e sorriu indecentemente.

— A gente acabou de transar com o Hatake e você já 'tá pensando nisso.

— Mas por isso mesmo, só me deu mais vontade e tenho certeza que em você também. — Ela cerrou os olhos. — Não me engana que eu te conheço.

— Não me venha com essa. — Bufei para ela.

— Eu não esperava que o Hatake ia se dar tão bem com... nós duas. — Ela sorriu malicioso.

— É, realmente, ele foi bom. — Passei a mão pela minha testa. — Ele é mesmo uma tentação, na qual eu caí direitinho. — Comecei a me martirizar.

"Porque eu tenho que fazer isso comigo mesma?"

— Para agora de se arrepender! Só diz que sim, vai. — Ela me balançava pelo ombro.

— Vou pensar...

— 'Tá, isso é melhor que um não. — Ela levantou. — Vou fazer um trabalho. — Ino vai para o quarto dela. Suspirei. Não estamos mais confortavelmente nas mansões dos nossos pais, precisamos ter isso em mente, estamos em outro cidade, com pessoas novas e diferentes. Não podemos mais nos render aos nossos caprichos.

[...]

Com o passar dos dias eu não podia cruzar com o Hatake no corredor que ele me puxava para dentro do quarto dele ou eu o puxava para o meu. Era com certeza divertido e excitante a gente se escondendo feito adolescentes, Ino fazia o mesmo com Itachi, a noite nós duas compartilhávamos nossas "aventuras" e a gente achava graça do quanto a gente estava sendo duas pervertidas. Hoje eu tinha aula na sala da Ino, pagávamos uma matéria juntas e claro que íamos aproveitar o intervalo para fofocar, o único lugar que ficávamos completamente sozinhas, pois em casa sempre tinham Shikamaru e Temari ou estávamos muito ocupadas, acompanhadas das nossas fodas casuais. Sempre gostamos desse termo.

— Amiga, eu acho que agora podemos tentar com Itachi. — A loira sentou no banco cruzando as longas pernas e eu sentei ao seu lado.

— Eu ainda acho que ele é muito recatado 'pra aceitar isso, Ino. — Eu não acredito que eu estou quase concordando com isso, mas acho que quem não vai concordar é o Itachi.

— Por que você 'tá dizendo isso? Eu sei que ele pode parecer certinho demais, mas na cama ele é...

— Poupe-me. — Interrompi ela mostrando a palma da mão. — Prefiro ver com meus próprios olhos.

— Isso é um sim? — Ino perguntou animada.

— Sim, é um sim. — Revirei os olhos e ela me sacodiu os ombros. — Chega, chega... eu só fiquei pensando que... sinto falta da nossa vida, das nossas festas... — Bufei em reclamação.

— Eu sabia! — Ela gritou. — Você não podia ter virado uma santa de uma hora 'pra outra, mas fiquei com um certo medo de ser a única depravada. — A Yamanaka forçou uma cara triste.

— Fica tranquila, estamos juntas nessa até o fim de nossas vidas. — Entrelaçamos os mindinhos gargalhando. — De qualquer forma, acho que não podemos chegar de repente como fizemos com o Hatake.

— Com isso eu concordo, vou procurar uma forma... delicada de expor isso 'pra ele. — Eu soltei uma risada. — O que? — Ela franziu o cenho.

— Se tem uma coisa que você não é, é delicada. — Ela me deu um tapa no braço e fez bico.

— Dramática. — Rolei os olhos.

[...]

Tantas coisas para fazer na faculdade ultimamente, tenho andado exausta. Estacionei o carro na garagem, abri a porta de casa e aparentemente não tinha ninguém. Subi a escada, coloquei a mão na maçaneta e senti uma mão em meu braço. Virei rapidamente e Kakashi me imprensa contra a porta fazendo com que eu deixe cair meus livros.

— Oi, gostosa. — Ele me deu um selinho.

— Você quer me matar do coração? — Meus olhos estavam arregalados e meu coração parecia que ia saltar do peito. Ele apoiou a mão na porta próximo a minha cabeça e a outra colocou na minha cintura.

— Vamos aproveitar o silêncio da casa? — Ele sorriu sacana.

— Por que não? — Começamos a enrolar nossas línguas e nos agarrávamos até escutarmos gritos. — O que tá acontecendo? — Ele colocou o dedo indicador em meus lábios. — É a voz da Tema. — Escutamos a porta bater.

— Não sei e nem quero saber. — Ele murmurou e girou a maçaneta para entrarmos no quarto, onde já fomos nos despindo com pressa. Já fazia incontáveis dias que a gente transava, mas toda vez ele me surpreendia e cada sexo era sempre único, ele me jogou na cama com brutalidade. — Eu vou te foder tanto. — Ele molhava os lábios com a língua e seus olhos estão tomados pela luxúria.

— Eu anseio por isso, Kakashi. — Mordi meu lábio e ele veio em minha direção. Um tremendo de um gostoso.

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