61 - Aniversário da Nancy

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O dia mal amanheceu e eu já estava a todo o vapor.

Além de entrar em contato com algumas pessoas para confirmar umas coisas, eu tentava conter a minha filha. Desde quando acordou, ela não parou quieta. Ficava correndo pelo apartamento do Jimin para lá e para cá. Falando nele, ele foi trabalhar antes mesmo de eu acordar. Antes de dormimos, ele comentou que iria ir mais cedo para voltar mais cedo e, assim, aproveitar a festa da Nancy.

── Filha, pelo amor de Deus!

Nancy pegou uma cueca box azul do Jimin que acabei de pegar da corda e colocou na cabeça. Minha coluna já estava doendo de tanto me abaixar para tirar as coisas da mão dela.

── Deixa a mamãe agilizar as coisas. ── Consegui alcançar ela e tirei a cueca de sua cabeça. ── Se você não se comporta, não terá mais festa hoje.

── Não... ── Ela resmungou. ── Onde está o titio?

── O titio está trabalhando. ── Eu sabia que Nancy se referia ao Jimin. Nancy chamava meu irmão de Woo, o que eu achava a coisa mais adorável desse mundo.

── E a vovó?

── Ela está ajudando a mamãe à arrumar as coisas. Daqui a pouco você irá ver ela. ── Peguei ela no colo.

Nancy apoiou a cabeça em meu ombro e abraçou meu pescoço. Me sentei no sofá e fiquei acariciando suas costas, relaxando um pouco também. Minha pequenina estava tão, mas tão empolgada para ir ao salão que Jimin e eu alugamos, estava tão empolgada para brincar nos brinquedos. Ver ela assim, cheia de vida e energia para gastar, enchia meu peito de amor. Depois que chegamos da audiência, contamos para ela que hoje seria seu aniversário e que teria muitos brinquedos pra ela poder brincar. A felicidade não coube dentro dela. Acho que ela não esqueceu disso e está atentada.

Ah... Eu não viveria sem minha pitchulinha.

Ficamos ali por longos minutos dialogando. Comparando à um tempo atrás, Nancy está falando bem melhor agora e isso me deixa tão aliviada. Ela era muito acanhada, bichinho do mato como meu irmão dizia. Ajeitei seus cabelos - que haviam crescido bastante - e me levantei, colocando-a no chão. Tentei insistir para ela ver um pouco de desenho e ela cedeu, se sentando no chão e me dando mais sossego para terminar de resolver as coisas.

Voltei para a cozinha em busca do meu celular. Tinha que falar com o pessoal do buffet e saber se Tae-Hee compareceria mesmo. Conversamos pouco depois que a audiência acabou. Fiquei admirada pela força que existe dentro dela. Ele vai criar o filhote dela sozinha. Ela me disse que, apesar disso estar acontecendo, ela nunca irá deixar de manter Hoseok informado sobre suas condições. Mesmo que lá no fundo eu ache isso uma loucura, eu não posso julgar os sentimentos das pessoas.

(...)

Tudo já estava pronto. Já eram uma hora da tarde quando terminamos de nos arrumar. Jimin chegou empolgado, trazendo bolsas e mais bolsas com ele. Só matando ele! Eu sabia que aquilo eram brinquedos e roupas para Nancy, pois ele havia dito que, depois que saísse do trabalho, iria comprar umas coisas. Suspeitei o que seria e ver o tanto de coisa, fiquei encucada. Pensando bem, minha filha foi um pouco privada dessas coisas pois o dinheiro que eu ganhava, era todo contado. Contas para pagar e muita coisas. Sempre tentei comprar uma coisa ou outra pra ela, mas eu andava tão preocupada com outras coisas, que não dei muita atenção a isso.

── Onde ela está? ── Ele pergunta, colocando as sacolas no chão da sala e foi agradecer ao porteiro por ter ajudado à trazer as coisas. Logo retornou a sala e se sentou no sofá.

── Com a minha mãe e meu irmão. Eles vieram pegar ela tem uns minutos. ── Me espreguicei. ── Eu estava indo tomar banho agora.

Jimin me olhou de cima em baixo, com aquele olhar hipnotizante que me fez morder os lábios. Ele desperta em mim, a parte mais podre e ousada.

Tell me, what do you want? • JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora