Tell me, what do you want? • Jimin

66 - Epílogo parte 1.

Apesar de tudo ter ficado - aparentemente - bem, Jimin se manteve um pouco recuado, na defensiva. Kyung não era tão idiota assim, pois já tinha percebido uma certa distância entre eles e sabia muito bem que a culpa era unicamente dela. Deu motivos demais para ele agir assim e não o julgará por isso. Pois errou muito também. Então, apenas o respeitou e não ficou em cima.

Naquele mesmo dia, Jimin caiu em um sono profundo. Era muito cansaço acumulado, sua mente estava desgastada demais. Fazer sexo é até um ótimo anti-estresse, mas o cansaço depois era gigantesco. Só Deus sabe o que Jimin aguentava. Mesmo querendo cair, ele se mantinha forte. Tentava não ceder às dificuldades e aos sentimentos negativos.

Kyung ficou acordada, até então, velando o sono de Jimin com o coração batendo forte. Ela se levantou cautelosamente e vestiu suas roupas, olhando mais uma vez para o Park e sorriu com os olhos cheios de lágrimas. Ela saiu do quarto de fininho e caminhou até a cozinha. Precisava relaxar e pensar no que ela vai fazer daqui em diante. Pensou no que poderia mudar, quais atitude tomar, pensou até em coisas para não machucar ou magoar Jimin mais ainda. Ela não quer perdê-lo e fará tudo para que isso não aconteça. Irá valorizar, respeitar e amá-lo para o resto de sua vida.

E, algumas horas depois, Jimin foi acordado com um saboroso jantar esperando por ti. Kyung havia feito tudo aquilo que o Park mais gostava de comer, tanto que ficou muito mais que satisfeito com algo feito com tanto amor. Ela cozinhava muito bem. A Lee ficou com o coração leve por vê-lo comer e por notar que, aparentemente, ele estava melhor. Queria pensar dessa forma, por enquanto. Alguns minutos depois, Jisoo levou Nancy de volta e os três passaram o resto da noite aproveitando-se um do outro. Jisoo ficou feliz que, mais uma vez, eles se resolveram e espera que agora, Kyung amadureça mais ainda ao lado dele. Ela ainda tem muito o que aprender, tem muito o que viver.

Kyung olhava para Jimin e pensava o quão sortuda ela era e que, apesar dos erros e das dificuldades que teve - e tem -, jamais irá abrir mão dele, pois é aquele tipo de alfa que vale muito a pena, vale cada esforço e mudança. Cada minuto ao lado dele era perfeito. Tudo na medida certa.

Park Jimin era incrível em todos os sentidos!

Ela prometeu a si mesma que tentaria ser uma outra Kyung, tentaria ser uma versão melhor de si mesma, que ouviria mais, que iria ter mais atitude, que irá sempre correr atrás de seus objetivos e tentaria não magoar o Park com suas maluquices e nóias. Ele não merece isso!

Ninguém merece isso!

E Kyung tentou com toda a sua força de vontade. Se dedicou bastante ao ponto de não se reconhecer. Perde-lo estava fora de questão. Todos nós acabamos descobrindo coisas sobre nós mesmos depois de ter o famoso "baque da realidade". Que existe uma força dentro de nós que estava lacrado por muito tempo. Engraçado, né? Achamos que somos fracos e inúteis, mas o tempo... Ah, o tempo! Ele é o nosso melhor amigo e a melhor solução para nossos problemas.

Um passo de cada vez, Kyung foi se reconstruindo, modificando pequenos detalhes e sendo mais atenta, cautelosa. Começou a se sentir bem com ela mesma, mais segura de si, mais confiante e disposta à tudo.

Lá no fundo, Jimin amou passar a época de cio com sua garota. Ele a fez ir além do limite, soube fazer tudo da maneira certa, da maneira que satisfazia ambos de maneiras inexplicáveis. Estar com ela era perfeito demais, apesar dos apesares.

A amava loucamente e notou o esforço dela de querer mudar, o esforço de querer estar presente nos seus piores momentos. Percebeu o quão ele é essencial na vida da Lee, percebeu até os mínimos detalhes e se sentiu importante, amado até demais. Voltou a refletir que não tomou a decisão errada ao dar novamente uma chance para os dois. Havia algo forte entre eles, algo que ninguém poderá entender, nem mesmo eles.