Tell me, what do you want? • Jimin

6 - Uma trégua.

Jimin

Depois do que aconteceu na festa, me peguei pensando em algumas coisas. Eu realmente estou muito puto com Jeon Jungkook. Esse canalha... Quando cheguei em casa depois da festa, minha mente foi invadida por ela. Ela está bem? Espero que sim.

Após um banho, me joguei na cama, sentindo meu corpo se afundar no colchão macio. Eu estava tão cansado que acabei dispensando Sophia. Meu corpo implorava por uma boa noite de sono.

Na manhã seguinte, acordei com o corpo pesado, dolorido. Estava indisposto para levantar e ir me arrumar para o trabalho, mas infelizmente eu tenho que ir. Me levantei da cama, coçando minha barriga e piscando meus olhos algumas vezes. Ainda grudavam.

É realmente muito solitário acordar sozinho, tomar café sozinho, viver sozinho. Isso me deixava um pouco mal, mas tentava não me importar com isso. Fui até o banheiro e tomei um banho gelado. Estava fazendo muito calor lá fora. Coloquei minha roupa social e borrifei um pouco de perfume em meu pescoço. Sai do quarto ajeitando minha gravata, indo até a cozinha e preparando um Ramen picante. Comi o mais rápido que eu conseguia ao me dar conta da hora e por fim, terminei de ajeitar minha gravata. Odiava ter que ficar ajeitando isso. Na verdade, não gosto de usar terno, mas a minha profissão exigia que eu usasse.

Peguei meu paletó e minhas coisas, não demorando a sair do apartamento. Morar na cobertura não é ruim. O mais chato é ficar alguns minutos dentro do elevador. Iria escovar os dentes novamente para quando eu chegasse no trabalho. O caminho percorrido foi tranquilo, sem problemas e sem trânsito, por incrível que pareça. Assim que cheguei no prédio, meus funcionários curvaram-se ao me ver e me desejaram bom dia. Algumas mulheres se aproximaram de mim, com suas vozes melosas e enjoativas, puxando uma conversa comigo enquanto eu esperava o elevador chegar. Não queria ser mal educado, então tentei manter uma conversa saudável com elas. Quando o elevador chegou, me despedi delas e entrei, apertando o botão do último andar. Confesso que é tedioso e puxado ser CEO de uma empresa que é bem falada pela boca do povo. Sou o centro das atenções e isso me incomoda um pouco.

Lembrei de quando eu assumi o império de meu Pai, que quis se aposentar por não ter mais disposição para isso. Não o questionei, pois não queria arrumar confusão e eu era um pouco rebelde na época. Eu era seu único filho mais velho, pois meu irmão mais novo ainda faz faculdade de direito, então não podia assumir essa responsabilidade. O que sobrou para mim no final.

Eu tinha acabado de terminar minha faculdade de administração quando meu Pai chegou em mim e disse que eu iria assumir o cargo dele na empresa, nem ao menos perguntou se eu queria. Acabei perdendo um pouco da minha liberdade, tive que deixar minhas noitadas de lado para ocupar minha mente e metade da minha vida com o trabalho. Me tornar responsável por todos os funcionários que trabalhavam na empresa. Isso era realmente um saco.

Bufei dentro do elevador, totalmente desanimado. Assim que cheguei, sai do elevador e caminhei vagarosamente até minha sala, cumprimentando alguns funcionários que falavam comigo pelo trajeto. Mas quando eu cheguei perto o suficiente da minha sala, não a vi ali.

Kyung não estava ali.

Sempre quando eu chegava, ela estava lá, sentada e me lançava um olhar tedioso. Tentei ignorar isso, pois talvez ela esteja fazendo alguma coisa por ai. Adentrei em minha sala e joguei minha bolsa de lado em cima da poltrona de couro preto, me jogando em minha cadeira já vendo uma pilha de papéis em cima da mesa. Rolei os olhos e peguei algumas coisas para analisar e ver o que eu posso fazer.

(...)

Eu ainda estava focado em algumas folhas quando me assusto ao ouvir alguém bate na porta. Permito sua entrada e vejo que era Kim Namjoon do setor de economia. Ele se aproximou sorrindo fechado e me entregou uma pasta.