24 - Arrasada.

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Kyung

Não, isso não pode estar acontecendo!

── Filha, eu não estou louca. Sente esse cheiro? ── Ela me encarou e minha respiração ficou pesada.

Eu estava sentindo algo diferente sim, mas eu não havia me tocado do que era. Mas agora, eu não sabia como reagir, apenas fiquei imóvel, sentindo minha alma abandonar meu corpo.

── Está sentindo? ── Ela coloca a mão na minha barriga, me fazendo ficar arrepiada.

Respirei bem fundo e senti. Eu senti e entrei em pânico.

── Eu não sei o que dizer... ── Ela sorriu e me abraçou. ── Meus parabéns!

── Não… ── Eu sussurrei no ouvido dela. ── Isso não pode estar acontecendo…

── Pode sim e está. ── Ela agarrou meus ombros e me olhou. ── Temos que falar para ele.

Eu fiquei travada, não sabia realmente o que fazer e que atitude tomar. Eu vou ter um filho do Jimin! Como pode isso? Meu senhor, eu estou ferrada.

── Eu… ── Minha garganta criou um nó e eu não conseguia raciocinar direito.

Os batimentos do meu coração estava tão forte, que eu comecei a ficar com falta de ar. Eu senti meu corpo tremer e soar frio. Acho que ela percebeu isso e me fez sentar na tampa do vaso.

── Kyung, me escute. ── Ela tocou meu rosto e arrumou meus cabelos em seguida. ── Não é o fim do mundo, sabe disso, né? ── Mantive o olhar em seus olhos negros e acabei nem respondendo. ── Garanto que ele irá amar a notícia. Do pouco que conheço dele, sei que vai!

Olhei para minha filha e ela estava distraída com o maçaneta da gaveta do pequeno armário de coisas que eu tenho no banheiro. Imaginei ela e seu futuro irmãozinho, ou irmãzinha.

── Fala comigo… ── Voltei a olhar para ela, ainda me sentindo nervosa quanto a isso. ── Vamos ao médico essa semana ainda, ok?

Eu apenas concordei. Demorou mas caiu a ficha... Eu terei mais um filho.

(…)

Estava absorta de tudo ao meu redor, com o olhar fixo em minha barriga. Estava custando acreditar nisso. Mesmo não tendo planejado e ter acontecido num momento não muito bom, eu vou me cuidar, para que tudo dê certo. Eu tenho medo… Medo do que pode me acontecer no futuro, que é incerto. Eu tenho certeza que Jimin vai gostar da notícia, pois ele já tinha me dito que gostaria de ser Pai, um dia. Planejei contar a ele quando voltasse de viagem. Eu não conseguia finalizar a mensagem, sempre apagava e escrevia de novo e de novo mas não conseguia enviar. Era melhor pessoalmente.

Não que ele vá negar esse filho, mas eu não tenho uma boa estrutura emocional. Só de pensar nisso, a lembrança que eu quase perdi a Nancy por uma crise forte de ansiedade e ataque de pânico me atormentava. Mas busquei pensar positivo e me cuidar. Não que ser mãe novamente seja algo ruim, apenas me assusta um pouco. É gratificante, sabe? É um amor incondicional. Tem um serzinho crescendo dentro de mim! Você começa a imaginar se será menino ou menina, se parecerá com você ou com o Pai.

Pai…

Quando eu olho para o Jimin e noto o amor que ele sente pela Nancy. Isso me deixa com o coração quente. Tenho certeza que ele será um ótimo Pai.

── Mãe? ── Chamei pela mais velha, que estava em algum canto do apartamento.

Era bem estranho para mim, ainda, chamar alguém assim. Mas depois de tantas conversas que nós duas tivemos, eu cheguei a conclusão que ela merece uma chance, assim como eu também. Não é ruim chamar alguém de Mãe, até porque eu considero a Ahjumma uma. E eu sou mãe! Falando nela, ela não apareceu hoje e não atende o telefone. Aconteceu algo?

Tell me, what do you want? • JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora