38 - Verdades.

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Kyung tentava respirar com calma, mas isso era missão impossível.

── Isso… Isso é verdade? ── Sua voz saiu baixa e Ahjumma olhou pra ela, confirmando com a cabeça. ── Por quê?

── Porquê eu mandei. ── Sua atenção foi para Hoseok.

Ele olhava de um jeito carinhoso para Nancy e aquilo incomodou demais Kyung.

── Eu não esperava por isso, Ahjumma... ── Kyung voltou a olhar para a mulher, vendo-a chorar em silêncio. Parecia ser o fim do mundo tudo aquilo. ── Eu confiei tanto em você. Tanto… ── Ela começou a se engasgar com o seu choro. ── Por quê fez isso comigo? Por quê me traiu dessa forma?

── Levem-na daqui. ── Hoseok ordenou e os homens arrastaram Ahjumma para longe.

── O que você quer comigo? ── Se sentindo derrotada e arrasada demais, Kyung encostou a testa no chão e lamentou mais uma vez pela sua vida.

── Quero e vou assumir de vez meus direitos como Pai dela e não aceito que mais nenhum homem assuma essa responsabilidade, além de mim. ── Kyung olhou nos olhos dele, sentindo que ele não estava brincando ao falar aquilo.

── Você não terá direito algum sob ela, seu merda. ── Ela disse entredentes, rosnando pra ele. ── Ela é MINHA. Somente minha.

Hoseok riu.

── Você não está me dando outra opção. ── Ele deixou Nancy no sofá e se levantou, ficando cara a cara com Kyung. ── Felizmente, agora ela será minha e você também. Queria você ou não.

── Nunca serei sua. ── Kyung cuspiu na cara dele e Hoseok fechou os olhos com força, perdendo a pouca paciência que ele tinha.

Ele segurou com força o rosto dela e a olhou com tanta, mas tanta raiva que Kyung temeu a própria vida.

── Levem ela daqui. ── Ele se levanta, limpando o rosto com uma expressão de nojo.

Kyung olhou para o lado rapidamente e viu aqueles dois homens indo até ela. Ela começou a gritar e a se debater enquanto Hoseok levava Nancy para o andar de cima e ela era arrastada para algum cômodo daquela casa. Ela ficaria em outro cômodo, por hora. Logo iria para um dos quartos no andar de cima.

(…)

Assim que tiraram a algema dela, Kyung foi trancada em um dos quartos daquela casa. Ela chorou em desespero e angústia, batendo na porta, pedindo para Hoseok devolver Nancy.

Ela caiu de joelhos no chão e continuou batendo na porta, pedindo alguém para abrir. Seu coração estava em pedaços. Após um tempo, Kyung não tinha nem mais voz e acabou desmaiando por tanta pressão e cansaço que sentia. Já não tinha mais forças para chorar ou para lamentar. Enquanto isso, em um dos quartos no andar de cima, Hoseok dava atenção a sua filha enquanto olhava sua agenda. Algumas coisas estavam o deixando sem paciência. Pessoas o deviam.

── Onde está a mamãe? ── Nancy olhou para ele manhosa.

── Mamãe está bem. Ela está ali no outro quarto e depois vem. ── Ele beija a testa dela. ── Agora vamos dormir.

Um tempo depois, Hoseok acabou dormindo com Nancy aninhada em seu colo. Finalmente ele tem a filha em seus braços, finalmente poderá ficar com ela. Já não aguentava mais ficar vendo ela quando dava.

(…)

Já era de manhã e o sol já enfeitava o céu azul. Jimin tirou o gesso de seu braço e teve que aguentar um pouco a dor, pois não queria aparecer daquele jeito no hospital. Ele foi na floricultura e comprou orquídeas para Kyung. Ela ama orquídeas. Passou mais em alguns lugares e comprou algumas outras coisas bobas, pensando somente nela.

Tell me, what do you want? • JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora