41 - Pelo meu bem.

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Kyung.

Acordei um pouco zonza e enjoada. Estava me sentindo perdida. Abri os olhos lentamente, me sentindo estranha. Me sentei aos poucos na cama e gemi um pouco de dor.

Minha cabeça doía muito.

Olhei ao redor e eu estava em um quarto diferente. Me levantei da cama ao lembra da minha filha e assim que me coloquei de pé, minhas pernas vacilaram e eu caí de joelhos no chão. Me sentia muito fraca e indisposta, mas mesmo assim, fui até a porta e me apoiei nesta, me levantando e tentando abrir a porta.

── Alguém! ── Gritei, apoiando a cabeça na porta amadeirada.

Eu não estava aguentando mais aquela situação. Me encontro desesperada e desolada. Impotente. Não gosto de ficar confinada, pois me trás sensações horrendas.

── Por favor! Me deixe sair! Deixa eu ver minha filha! ── Batia forte na porta, tentando engolir o choro.

Eu não conseguia segurar o choro as vezes. Era angustiante tudo aquilo e eu tinha medo de tirar minha própria vida e deixar minha filha nas mãos desse maluco obsecado. Mas não podia fazer isso. Não iria deixar minha filha nas mãos desse monstro, psicopata. A porta é aberta de repente e eu me afasto dela, vendo Hoseok passar por ela com a expressão serena e aquilo me incomodou. Eu me senti nervosa, meu corpo travou e eu coração disparou.

── Venha jantar. ── Ele diz calmo e eu queria pular no pescoço dele.

── Eu não aguento mais isso… ── Falei baixo e ele cruza os braços e continua a me olhar. ── EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO! ── Gritei e ele fechou a cara. ── Por quê está fazendo isso comigo? Por quê não me deixa em paz?

── Eu só quero ficar perto da minha filha. E para de ser histérica, estou com dor de cabeça.

── JAMAIS! ── Me aproximei dele no impulso, apontando o dedo pra sua cara. ── Você é um louco! Precisa se tratar urgentemente!

── Kyung, não estou com paciência pra isso. ── Ele rolou os olhos.

── Me deixe ir embora e esquece da Nancy. ── Disse nervosa. ── Nos deixe em paz!

── Vamos conversar sobre isso depois. ── Ele rolou os olhos de novo e eu respirei fundo.

── Eu quero a minha filha.

── Depois.

── Agora! ── Me sentei na cama de novo, ainda me sentia tonta.

── Olha, você não vai vir comer? ── Ele me pergunta e eu nego. ── Vai ficar assim mesmo? Sério?

── Eu só vou sossegar quando você me deixar ir com a minha filha e que me esqueça, que me apague da sua vida assim como ela. Ela não merece um Pai como você!

── Como é? ── Ele ficou furioso e se aproximou. ── Eu estou tentando ser o mais pacífico com você, tentar ter uma relação boa com você e você fica assim? Você quer tirar a MINHA filha de mim?

── Você não me ajudou em nada e quer exigir? Você é um maluco, doente mental. Está tão fissurado nisso que chega a me dar nojo. Eu NUNCA vou permitir que você fique com a minha filha.

── Você não tem direito algum para isso. ── Ele respirou fundo, fechando a mão em punhos.

── Eu tenho sim! Eu sofri muito, MUITO MESMO. ── Elevei o tom de voz. So Deus sabe o que eu tive que passar. ── Você abusou de mim, sabendo que eu estava invulnerável. Fiquei largada, tendo que aguentar pressão vinda de todos os lados. Tendo que aguentar tudo sozinha!

Tell me, what do you want? • JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora