17 - "Como cão e gato. "

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(ALERTA +18)

Kyung.

Eu tentei digerir cada palavras que Seokjin dirigia a mim. Como o Jimin teve tamanha cara de pau fazendo isso?

── Não acho justo da minha parte esconder isso. Não acho justo com uma mulher! ── Ele disse sério, e eu respirei fundo. Estava contando carneirinhos, tentando não pensar em uma forma de esganar o Jimin. ── Posso imaginar o que você sente. ── Ele coçou a garganta. ── Acredito que ele tenha feito isso por uma razão e pela reação dele eu tive total certeza.

── Eu... ── Tentei falar, mas eu ainda sentia meu rosto queimar pela breve raiva e vergonha que estava sentindo. ── Eu fico muito envergonhada por isso, me desculpe. ── Abaixei minha cabeça.

── Hey, não precisa se desculpar. Eu entendo a situação! ── Ele se levantou e parou ao meu lado. ── E sabe o por quê eu entendo? ── O olhei curiosa. ── Eu fiz praticamente quase a mesma coisa com a minha esposa. Mas se você tivesse vindo conversar comigo sobre isso, eu aceitaria numa boa com algumas condições. ── Ele sorriu de lado e eu abaixei a cabeça. ── Como as normas, eu teria que descontar do seu salário desse mês, porém, como eu recebi algo, eu não vou diminuir. E para os outros não ficarem chateados com tal coisa, vai estar constado a redução. Ok?

Eu não sabia como reagir na frente dele, mas me levantei e o agradeci por ser compreensível e ter falado o que o Jimin fez. Me despedi dele e sai de sua sala. Fechei os olhos por alguns segundos e respirei fundo, de novo.

Calma, Kyung. Tenha muita calma.

Voltei ao serviço e me dediquei no final do expediente, deixando tudo bem limpo, arrumado e cheiroso. Acabei saindo tarde de lá e para a minha surpresa, Jimin me esperava ao lado de fora. Eu estava tão focada que não prestei atenção nele. Foi quase impossível a raiva não vir.

Caminhei em passos firmes até ele com a minha melhor cara de indignação e raiva e eu senti que ele ficou agitado com aquilo.

── Como você teve coragem de fazer isso, Park Jimin? ── Paro em sua frente com os braços cruzados e o olho mais séria ainda.

── O que? ── Ele riu.

── Não se faça de desentendido! ── Dou um passo a frente e ele engole a seco. ── Eu poderia muito bem ter resolvido essa questão SOZINHA. ── Deixei claro. ── Eu tô me controlando para não dar um soco em você agora.

── Ok. ── Ele riu mais uma vez e se aproximou de mim, segurando minha cintura e mordeu os lábios. ── Já disse que você fica mais sexy quando está estressada?

── Você tem problemas! ── Tiro a mão dele de minha cintura e dou as costas. ── Boa noite pra você.

── Kyung! ── Ele segura meu braço.

── Me solta. ── Retiro seu braço do meu. ── Me sinto um objeto que foi comprado, então, não rolará nada. Idiota!

── Mas linda... ── Agora foi a vez dele ficar sério. ── Eu fiz o que fiz para convencer seu chefe a liberar você, ou seja, eu não te comprei ou algo do tipo, foi ele quem eu "comprei". ── Fez aspas com os dedos. ── E aliás, você já é minha e não tem como te comprar. ── Riu sacana e eu apertei os olhos em sua direção.

Dei um tapa em seu ombro e voltei a caminhar. Pensando por esse lado, faz um pouco de sentido, mas ainda continuo chateada com ele. Antes de eu me afastar, por birra minha mesmo, sinto seus braços em volta da minha cintura e seus lábios em meu ouvido.

Tell me, what do you want? • JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora