Tell me, what do you want? • Jimin

40 - Uma cópia.

Hoseok.

Depois que levaram Kyung para o quarto, tive que sair para resolver umas coisas. Assim que cheguei ao local marcado, caminhei até a cabeleira castanha e me sentei a sua frente.

── Que bom que chegou. ── Ele bebeu mais um pouco de Soju e me entregou um envelope.

── Está tudo aqui? ── Perguntei, pegando o envelope e dando uma conferida.

── Sim, Hoseok. Está tudo ai.

── Obrigado, Namjoon-ah. ── Ele sorriu fechado pra mim e chamei um garçom, fazendo meu pedido.

── Você aparenta estar estressado. Aconteceu algo?

── Sim, aconteceu. ── O respondo.

Namjoon foi um grande colega de escola. Ele sabia dos meus problemas e não me julgava por isso, até porque, a vida é minha e eu sei o que eu faço, de acordo com o que ele falou uma vez. Ele é uma pessoa boa demais.

"Se você quer isso pra sua vida, quem sou eu pra te impedir? Só espero que você mesmo perceba que isso não é uma vida saudável. O destino é incerto."

Suas palavras soaram em minha cabeça e eu sorri pequeno. Sempre tão sincero. Não me incomodo de ouvir certas coisas dele.

Namjoon é uma pessoa muito boa e simpática e até mesmo me ajuda em pequenas coisas. Depois que eu soube que trabalhava nas empresas Park's, propus algo que ele recusou imediatamente, afirmando não ser o certo e claro, fiquei um pouco chateado, porém, já esperava. Mas eu deixei claro pra ele que a proposta estaria de pé e torci para que ele chegasse a mim. Alguns meses depois, recebi seu telefonema e... Ele chorava.

Sua irmã ficou doente e a conta do hospital era muito alta e ele não iria conseguir dar conta e nem seus Pais aposentados conseguiriam. Foi aí que então, ele aceitou a minha proposta por necessidade. Eu dei o dinheiro a ele e sua irmã foi operada de um tumor na cabeça e dei uma grana a mais para os remédios. Ele começou a me passar algumas informações sobre o novo presidente das empresas Park's durante algum tempo.

Foi aí que eu vi Kyung pela primeira vez. Fiquei hipnotizado ao olhar ela andar pela calçada com o celular no ouvido, caminhando apressada. Ela tinha acabado de sair de uma loja e logo depois Namjoon saiu e se aproximou do carro.

── Vamos? ── Ele passa o cinto e eu paro de observar ela.

── Claro. ── Manobrei o carro e peguei caminho até o hospital que sua irmã estava internada.

── Sabe que eu só continuo nessa pra pagar a dívida que tenho com você, né? ── Ele indaga, me fazendo suspirar. ── Quando eu quitar o dinheiro que você me emprestou, não vou fazer mais isso.

── Sei disso, Namjoon-ah. ── Parei no sinal. ── Não vou te obrigar, pois sei que você não está nada contente em fazer isso.

── Não mesmo! Mas me diz, por quê você está tão fissurado em saber sobre as empresas Park's?

── O ex presidente tem um débito antigo com meu Pai. Achei recentemente um caderno preto no meio das coisas antigas e velhas do meu Pai e li sobre as dividas. Os negócios para mim estão indo um pouco mal. Assim como o Pai daquela mulher lá, que casou com o filho do Jeon Ji-sung. Os Bae's se não me falha a memória.

── Não gosto disso. ── Ele olhou para o lado oposto e eu senti ele incomodado. ── Você está mexendo com duas famílias poderosas. A casa pode cair um dia. ── Me alfinetou.

── Só preciso de dinheiro. ── Respondi e o sinal se abriu de novo.

Eles devem achar que, pelo fato do meu Pai ter morrido, o débito deles seriam esquecidos. Mas estão totalmente enganados.