Epílogo

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Dualidade...
À mesa
Estava o teu prato...
Em mim as incertezas
De um amor ingrato...
Em ti estava um belo sorriso...
Em mim lágrimas pesadas...
Em ti brilhava o paraíso...
E em mim reinava o inferno
Em que estou acorrentada...
Em ti estava o frescor do verão
E as flores
E cores
Da primevera...
E em mim estava o inverno
Inverno... De mil eras...
Assim era a nossa peculiar dualidade...
Onde em ti havia mil alegrias
E sonetos de poesia...
Em mim estavam
Se firmavam...
existiam...
E se enraizavam..
Infinitas tristezas...
Que em mim derramavam incertezas
Me enchendo de infelicidade...
Infelicidade indesejada..
E mal amada...
Infelicidade
Essa que eu não queria...
Mas estava em mim agarrada...
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No capítulo anterior...
- Quem é você? - Pedro pergunta imóvel; e o que quer de mim? Me responda, por favor, em nome de tudo que há de mais sagrado?
- Meu nome não importa, Pedro... Não importa nem um pouco... Vim te salvar...
- Elisa... Elisa Rodrigues Falcão; fala uma voz atrás de dela - Sabia que Você viria... Viria aqui, sozinha e completamente desarmada, tentar salvar o seu papelzinho querido...
- Vicente, o mesmo pau mandado, lambe botas, e covarde de sempre; fala com um sorriso cinico nos lábios, ainda de costas para ele, já pronta para se defender e atacar, caso fosse necessário - Vai mesmo atirar pelas costas? Você vai mesmo atirar pelas costas, numa pessoa quase indefesa e desarmada?
Agora...
- De indefesa, você não tem nada; nisso ele desvia de uma faca, que Elisa atira nele, e que fica fixa na parede, bem onde a cabeça dele estava, agora ambos estavam frente a frente, com Pedro bem atrás dele - Isso só comprova o que acabei de dizer...
- Você não é de todo mal; ela diz desdenhosa - Mas mesmo assim vou acabar com você... Já que não tenho medo nenhum de você...
- Nem eu, de você; sorri para ela - Mas não quero te matar, Elisa, muito pelo contrário; levanta as mãos para cima em sinal de rendição - Considerando, que... Tenho tenho em vista, uma proposta muito melhor a te oferecer... Algo bem melhor, do que lutarmos até a morte...
- Do que está falando, Vicente? - Pergunta sem baixar a sua guarda, com medo de tudo aquilo ser mais um dos inúmeros truques sujos dele; que tipo de proposta, você tem a me oferecer, afinal?
Enquanto isso...
Na casa de Cemil, ele estava cada vez mais preocupado com a sua filha, enquanto jantava com sua esposa, Mônica, ou pelo menos tentava, já que sua cabeça estava cheia de problemas. O que deixou Mônica muito preocupada, já que ele mal havia tocado em sua comida.
__ Amor você está bem? Está cada dia mais triste, e eu me preocupo muito com você...
- Preocupações com a minha filha... Com nós dois... Com a Belíssima, depois do sumiço da dona Bia, e da morte da Érica...
__ Amor sei o quanto está sendo difícil pra você isso tudo, mas mesmo assim, você precisa comer, caso contrário, pode até mesmo adoecer, e complicar ainda mais, as coisas...
- O que seria de mim sem você, minha querida? O que seria de mim? - Pega uma das mãos dela, que estava sobre a mesa, e a beija com ternura - Ainda bem que tenho você... Pois se não tivesse, talvez, tivesse desistido de tudo, já há muito tempo...
__ Que isso amor? Nem pensa uma coisa dessas...
.....
No dia seguinte...
Na casa de Isa, ela ainda dormia, enquanto Tosca recebia uma notícia que a deixou muito feliz, de que muiti em breve o colégio iria reabrir. Jussara terminava de preparar o café da manhã, Tosca estava no quarto, que dividia com sua filha Isa, a acordando para lhe falar da novidade.
- Acorda, filha; mexe no cabelo da menina com carinho, tentando acorda - lá - Acorda meu anjo, que eu tenho uma ótima notícia para te dar...
__ oi mamãe; Isa se espreguiça _ Que notícia mamãe? Me conta...
- Daqui há uns cinco meses, no seu último ano no ensino médio; faz uma pausa dramática, e logo recomeça a falar - As aulas já serão presenciais... E tem mais, a sua amiga, a Mô, afilhada da Donatela, ela vai trabalhar no colégio, como auxiliar na sua sala de aula, para uma deficiente visual, que vai estudar na sua sala, ano que vem... Essa menina deficiente, ela é filha do Gigi, e se chama Elisa... Que estranho, nem sabia que o Gigi tinha filhos... Até pensava que ele fosse gay...
__ Oh mamãe! Que notícia maravilhosa! Mal posso esperar pra estudar na escola presencial novamente... Quero muito fazer novos amigos, tenho certeza que será um ano de muitas emoções...
- Mas como eu te disse, agora a pouco, Isa, essa menina deficiente que vai estudar com você, ela é filha do Gigi, se chama Elisa; pensa um pouco - Nunca imaginei que o Gigi tivesse filhos, pensava até mesmo, que ele era gay...
Isa sorri, estava muito feliz, ao saber que iria estudar com a sua irmã gêmea, e que ficaria muito perto dela, bem mais do que antes. Mas jamais contaria a mãe sobre Elisa, da relação que as duas tinham, isso era perigoso demais, e ela não queria perder a sua mãe... E muito menos, ficar longe dela... Do mesmo modo que estava longe de Nikkos, seu pai do coração, e do seu irmão, Flad, pessoas qhe ela amava muito, mas que infelizmente, tinham que ficar longe dela...
__ Sim mamãe, o Gigi tem sim, uma filha... Mas eu não a conheço...
Enquanto isso...
Em algum lugar mais que remoto, entre o Canadá e os Estados Unidos...
Diva conversava no celular, com o verdadeiro chefão da facção, o pai... Seu pai, um criminoso tão perigoso, que nem mesmo o FBI e a CIA, sabiam quem ele era...
- Alles läuft so gut, ich muss dir etwas sagen, Rosana - "Tudo está saindo tão bem, que tenho algo a lhe dizer, Rosana".
- Sagen wir... Du kannst mir sagen, wir sind wie immer auf einer sicheren Leitung - "Vamos diga... Pode me dizer, estamos numa linha segura, como sempre".
- Okay, hier ist die Sache... Ich gehe zurück nach Brasilien - "Muito bem, é o seguinte... Eu vou voltar para o Brasil"...
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O que restou de nós?
No tempo de outrora, fomos fogo e paixão...
Hoje somos apenas cinzas de um tempo perdido...
E por nós completamente esquecidos
Pelas tramas do coração...
Fomos desejo e sedução...
Hoje somos quase nada... Quase que desconhecidos...
E completamente iludidos,
Por um tempo passado, de pura perdição...
O que restou de nós, meu doce amado?
O que restou daquele amor,
Que em nós, já esteve bem mais que enraizado?
É... Nosso libidinoso calor...
Esfriou, ficando no passado,
Nos deixando, sem musicalidade, vivacidade, ou cor...
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Continua no vol 3...

A menina que sabia sonhar        VOL 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora