06. As melhores panquecas do mundo

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Acordei no dia seguinte sentindo como se tivesse tomado vinte porradas na cabeça. Estava na cama da minha irmã e a última coisa que eu me lembro é que eu comecei a beber muito e vi que ia dar ruim.

Olhei para o criado mudo e tinha um engov e um copo de água.

Tomei o comprimido e coloquei o travesseiro em cima da cara para bloquear os pequenos raios de luz que entravam pela persiana.

Voltei a dormir profundamente e, quando acordei mais tarde, a minha cabeça doía bem menos.

Levantei calmamente, fui até o meu quarto, peguei uma roupa limpa e caminhei até o banheiro onde fiz as minhas necessidades, tomei um banho longo e escovei os dentes.

Assim que desci as escadas eu dei de cara com o meu pai, nesse horário ele deveria estar no consultório dele, mas ele me olhou e eu vi a compaixão no olhar dele:

- Está melhor da ressaca, minha filha?
- Sim, preciso comer alguma coisa.
- Quer que eu faça panquecas?
- As melhores panquecas do mundo?
- Sim!

Tudo começou um dia quando eu estava triste porque tinha que ir para a escola fazer um trabalho com uma menina que eu não gostava, uma tal de Gisele, eu não parava de chorar, então o meu pai me pegou pela mão, me levou até a cozinha e me disse:

- Eu faço as melhores panquecas do mundo, que tal se eu fizer algumas dessas para você?
- O que isso vai mudar?
- Essas panquecas vão te deixar feliz e você vai entender como tem sorte por ser minha filha.
- Mas a Gisele ainda vai fazer bullying comigo...
- Mas ela tem azar, aposto que se o pai dela também fizesse essas panquecas ela não seria tão má, então você vai olhar para ela e pensar como ela é triste por isso.
- As melhores panquecas do mundo curam a dor na alma.
- Só se forem feitas com amor.
- E você vai fazer com amor para mim?
- Com certeza porque eu te amo demais.

Desde então as melhores panquecas do mundo melhoram até os meus piores dias e eu não esqueço de agradecer um dia por ter o meu pai comigo.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora