21. Eu volto em um minuto

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Voltei para a casa dos meus pais e, sendo mimada do jeito que sou, nem precisei me dar ao trabalho de ir até o apartamento pegar as minhas coisas porque meu pai fez isso.

Ainda bem porque é um grande sonho meu ser mãe e, na minha cabeça, é inadmissível compartilhar a vida com alguém que não quer ter filhos.

Todos ficaram preocupados comigo, principalmente minha irmã e meu pai, mas eu tenho tentado ser forte apesar da meu coração estar estilhaçado.

Quanto a nossa viagem de ano novo eu nem respondi as mensagens quando ele perguntou se eu queria encontrar com ele no aeroporto.

No dia a minha cabeça estava a mil léguas da Terra e ver que ele não cancelou os planos de fim de ano só me fez perceber mais que nós dois juntos não tinha futuro.

As sessões de terapia estavam me fazendo perceber muita coisa que eu simplesmente ignorei porque era a coisa mais fácil a se fazer na época.

Quanto mais eu reflito sobre o meu relacionamento com o Giovanni mais eu percebo como tudo era doentio.

Foram pequenos e sutis sinais que passaram despercebidos, que se eu tivesse me atentado antes, provavelmente eu não estaria sofrendo tanto agora.

Nesse momento provavelmente o Giovanni já voltou de viagem e já está se preparando para comandar o império construído pelos seus pais.

Tudo é questão de ponto de vista, eu tive que dar alguns passos para trás para retomar o caminho certo.

Estava no meu quarto pensando na vida enquanto escrevia no diário que a Maria sugeriu fortemente que eu fizesse quando eu ouvi um barulho no andar debaixo.

Me levantei e caminhei até o pé direito duplo e não acreditei no que estava vendo, o Giovanni estava na porta da minha casa usando um terno e segurando um buquê de rosas vermelhas. Assim que me viu observando a cena ele disse:

– Clara, eu só quero conversar com você.

Olhei para os lados me sentindo completamente desconfortável com a situação toda.

Meu pai, que estava tentando impedir o Giovanni de entrar me olhou esperando uma resposta.

A última coisa que eu quero nesse momento é conversar com ele, mas eu também sinto que preciso encerrar o ciclo, então eu digo:

– Vamos conversar.

Desci as escadas sentindo o meu coração batendo na garganta e, antes de sair de casa, meu pai me olhou visivelmente preocupado e perguntou:

– Está tudo bem mesmo?
– Está sim, pai... Eu volto em um minuto.

Quando falei que seria uma conversa rápida eu vi o semblante do Giovanni desabar e eu não senti o mínimo de tristeza por isso.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora