75. Tire um tempo

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Depois de chegar em casa me sentindo a maior fracassada que já pisou no planeta Terra eu jurei para mim mesma melhorar o meu humor até os meus pais voltarem, mas isso não aconteceu.

Pelo contrário, eu estava pior ainda quando ouvi a voz da minha mãe me chamando:

- Clara?
- Oi!

Poucos segundos depois a minha mãe apareceu na porta do meu quarto e, assim que me viu, eu senti o seu olhar de piedade sobre mim.

É só isso que eu vou ter por hoje, piedade e compaixão porque eu perdi o meu emprego pelo qual eu estudei e lutei por anos para conseguir.

Pior é que ninguém mais vai querer me contratar depois do que aconteceu. Quem vai querer ter no seu quadro de professores uma pessoa que atrai uma outra pessoa mentalmente instável para dentro da escola?

- O que aconteceu, minha filhinha?
- Eu fui demitida, mãe...
- Demitida?!
- Sim...

Contei para a minha mãe tudo que tinha acontecido no dia anterior e a cena de hoje na sala da diretoria:

- Parece que eu batalhei anos por nada porque quem vai querer ter eu no quadro de professores depois desse episódio? - desabafei.
- Filha, dê tempo ao tempo, foi muito chato tudo isso ter acontecido, mas nada acontece por acaso.
- Agora eu não tenho nem dinheiro para me bancar morando sozinha...

Nessa hora a minha mãe pegou a minha mão, olhou nos meus olhos e disse:

- Não estávamos brincando quando dissemos que te bancamos no início.
- Isso não é certo, vocês já me bancaram até aqui.
- Filha, o seu pai só fez o que fez por vocês, ele não queria ficar tanto tempo no vôlei, mas ele insistiu por causa de você e da sua irmã e ele tem dinheiro para cuidar de vocês duas pelo resto da vida.

Fiquei quieta, conhecendo o meu pai e sabendo do patrimônio líquido aproximado dele eu sei que ele pode e vai querer bancar eu e a minha irmã até estarmos com 90 anos de idade, talvez, uma única vez na vida eu deva aceitar a ajuda.

- Eu vou pensar, tá bom, mãe?
- Tá bom, filha. Talvez seja hora de iniciar alguma coisa nova, pense nisso. Eu vou fazer o jantar, ou melhor, já que você está pra baixo eu vou comprar comida italiana, bracciolas que eu sei que você ama.
- Mas nem é fim de semana...
- E lá precisa ser fim de semana para eu mimar a minha garotinha?

Eu não sei o que eu fiz de bom para Deus, mas o fato é que eu tirei a sorte grande nascendo na família Cavallero.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

43394861836
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Trazendo capítulo de fim de semana porque estou de bom humor 😊

O próximo capítulo vai dar início a um dos períodos mais tensos que a família Cavallero já passou, então confirmem a consulta com o cardiologista de vocês antes de ler.

O próximo capítulo vai dar início a um dos períodos mais tensos que a família Cavallero já passou, então confirmem a consulta com o cardiologista de vocês antes de ler

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora