Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]

70. Esmeralda

Assim que eu cheguei eu vi que se tratava de um restaurante de culinária portuguesa.

Tudo era muito limpo, organizado e o lugar era aconchegante, me deu até um quentinho no coração.

Logo nos sentamos e o garçom se aproximou com o cardápio e avisou que já traria o couvert.

- Aqui o atendimento é rápido - eu comentei.
- Para nós o atendimento é especial.
- Por quê?
- Bom, esse restaurante era dos meus bisavós, eles abriram assim que chegaram de Portugal aqui no Brasil para sobreviver.
- Ele ainda é da sua família?

Antes que ele pudesse responder eu vi uma senhora idosa se aproximando da mesa e ele abriu um sorrisão para ela:

- Meu neto, a quanto tempo eu não te via!
- Oi vó, a senhora está mais bonita do que da última vez!

Ela olhou para mim e eu, meio desconcertada, disse:

- Boa tarde.

Fred olhou para mim também e falou todo orgulhoso:

- Vó, essa é a Clara. Clara, essa é a minha avó, Esmeralda.

Me levantei e, a minha intenção era dar só um aperto de mão na senhora, mas ela logo me abraçou:

- É um prazer finalmente te conhecer, minha filha.
- Ela chama todo mundo de filho e filha - Fred logo explicou.

Dei um sorrisinho sem graça e menti na cara dura:

- Também é um prazer finalmente conhecer a senhora, o Fred me contou como a família abriu esse restaurante.
- Temos muitas histórias de família, você vai adorar ouvir elas.
- Já estou ansiosa para ouvir.

Então veio um barulhão da cozinha e a senhora pediu licença.

Nos sentamos novamente e eu fiquei encarando o Fred, teríamos que conversar mais tarde.

Ele está em um ritmo bem mais acelerado do que eu e, sinceramente, eu não sei se me sinto confortável em entrar em um outro relacionamento sério tão rápido.

- Você vai amar os nossos pratos, somos o melhor restaurante típico português de São Paulo.

Dei um sorriso meio amarelo e falei:

- Eu vou querer provar a bacalhoada.

Depois tirei o meu celular da bolsa e fiquei respondendo as mensagens de todos até o garçom chegar com o couvert e eu poder ocupar a minha boca para não conversar nada com o Fred.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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