40. Pois eu não te amo mais

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No dia seguinte eu estava com borboletas no estômago e meu coração batia no ritmo da música de uma escola de samba, mas não era por um bom motivo, pelo contrário, eu estava nervosa.

Até vomitei antes de ir para a cafeteria e só fui encontrar com o Fred porque eu queria resolver isso de uma vez.

A culpa estava me consumindo, por um minuto eu desejei ter uma sessão de emergência com a minha psicóloga, mas de domingo a minha psicóloga está de folga e o motivo não é tão grave que justifique interromper o fim de semana dela.

Antes de sair de casa eu dei de cara com a minha mãe que me perguntou:

– Você está bem, filha?
– Sim...
– Tem certeza? Você não parece muito bem...
– Tenho mãe.
– Tudo bem, então.

Corri até a porta da sala e quando abri dei de cara com ninguém mais, ninguém menos, do que o meu ex, que logo me mediu de cima a baixo me admirando como se eu fosse uma peça em um museu.

Nessa hora o meu estômago, que já estava embrulhado, foi parar nas costas e eu não consegui esconder a minha cara de choque:

– O que você está fazendo aqui?
– Eu vim conversar com você.

Fechei a porta atrás de mim e saí andando rumo a cafeteria com esperança de que o Giovanni despistasse antes de chegar ao meu destino final.

– Pois deveria ter ligado antes – parei de caminhar abruptamente e olhei para ele – ou acha que eu só fico em casa esperando a sua próxima visita?
– É sério, Clara. Eu sinto sua falta.

Olhei para ele com uma cara de deboche e disse:

– Pois vai continuar sentindo porque eu não quero ter mais nada com você.

Continuei caminhando e, diferente do que imaginei, o Giovanni não ficou parado me vendo ir embora da vida dele, mas apertou o passo ao meu lado:

– Podemos ser pelo menos amigos?
– Não, Giovanni, não podemos ser amigos.
– Eu não entendo o que eu fiz de tão péssimo pra você me odiar esse tanto.

Ignorei a pergunta intrínseca e continuei andando, de longe já era possível avistar a cafeteria e, provavelmente, o Fred já está lá dentro e não vai pegar nada bem para o meu lado ele ver eu e o Giovanni andando juntos.

– Tudo bem, eu tenho um compromisso e você precisa ir embora.
– Eu não vou desistir de nós dois – Giovanni gritou.
– Não tem mais "nós dois" – fiz aspas no ar – Tem você e eu, cada um seguindo com a vida no seu canto.
– Mas eu ainda te amo, Clara Cavallero.
– Pois eu não te amo mais, Giovanni Salazar.

Finalmente depois de ouvir a última frase ele parou de caminhar e eu andei depressa até a cafeteria.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora