Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]

36. Ele ainda não chegou

No sábado eu estava muito animada com o nosso encontro, até comprei uma roupa nova no shopping e retoquei as mechas que me deixam mais loira do que eu já sou naturalmente.

Coloquei um vestido vermelho decotado, um scarpin preto e fiz uma maquiagem que me deixou com cara de mulherão.

Quando entrei no Uber o motorista comentou que já tinha ido no restaurante onde o Fred iria me encontrar e que, apesar do menu ser único, a comida era muito boa e valia cada centavo.

Eu espero que valha mesmo porque o precinho é bem salgado, mas eu espero que eu e o Fred possamos dividir a conta no meio.

Conforme vi que estávamos chegando no endereço combinado eu comecei a mexer no meu colar numa tentativa desesperada de me acalmar.

Eu nem vi o Fred e meu coração já está batendo como uma bateria de escola de samba, esse é o efeito dele sobre mim.

Assim que chegamos eu agradeci o motorista, peguei a minha bolsa e entrei no restaurante correndo já procurando pelo Fred antes mesmo do maitrê falar comigo.

– Boa noite, senhorita.
– Boa noite, eu acho que o meu acompanhante já chegou.
– Qual o nome dele?
– Frederico Aguilar.

Ele olhou no tablet e disse:

– O senhor Aguilar ainda não chegou, mas eu lhe acompanho até a mesa.

Por essa eu não esperava, na hora o meu coração parou de bater daquele jeito transloucado e eu só tive capacidade para acompanhar o maitrê até a mesa.

Assim que me sentei um garçom se aproximou me trazendo o menu, logo pedi um vinho branco e pedi para segurar as entradas até o meu acompanhante chegar.

Minha cabeça começou a raciocinar sobre a conversa que teríamos que ter mais cedo ou mais tarde.

Pelo bem da minha saúde mental eu acho que é melhor ter essa conversa mais cedo, eu só não sei como abordar o assunto.

Estava tão absorta nos meus pensamentos que me assustei quando o garçom chegou com a bendita taça de vinho, mal consegui esboçar qualquer expressão na hora de agradecer.