78. Família é família

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- Alô?
- Oi Clara, como você está?

Por que o Fred me ligou justo nesse horário? Será um empurrãozinho do universo.

Fiquei muda porque me distraí pensando na possibilidade estatística disso acontecer, então ele jogou um verde pra colher maduro:

- Clara, a sua irmã me ligou e falou sobre a tia Fernanda... Fala comigo, eu estou preocupado.
- A Meg?!
- Sim, eu vou para Bauru te ver.
- Não precisa... Vai parar a sua vida por minha causa? Não é justo.
- Quando eu disse que eu não ia desistir da gente eu não tava brincando.
- Tudo bem, pode vir então.
- Chego aí em algumas horas, vai me mantendo informado.

Desliguei o celular e fiquei parada tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

Semanas atrás tudo parecia estar nos eixos na minha vida e agora tudo parece mais um cenário apocalíptico.

Eu não quero dar o braço a torcer pessoalmente, mas eu acho que será maravilhoso ter o Fred comigo.

Eu preciso dele, do abraço dele, do conforto que ele me traz... Por isso não insisti mais uma vez para ele ficar em São Paulo.

Eu sei que eu deveria estar focada na tia Nanda, mas agora a minha cabeça e o meu coração estavam focando no emaranhado de sentimentos dentro de mim.

Decidi ir pegar um café na máquina, mas antes que eu pudesse fazer isso a minha prima apareceu na sala de espera com cara de choro.

Só andei até ela e nos abraçamos silenciosamente, nem imagino como é para ela, uma cardiologista, ver a mãe morrendo de um problema cardíaco e não poder fazer nada.

Logo o Matheus, marido dela, se aproximou de nós duas e falou:

- Eu vou conseguir um quarto no hotel aqui do lado pra gente poder descansar pertinho do hospital.

Ela só assentiu e continuou abraçada em mim como se a vida dela dependesse daquilo.

Não somos próximas, mas nessas horas família é família e eu quero estar aqui para dar um apoio.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

43394861836
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Capítulo de 11h da manhã está aí, até daqui a pouco (eu já estou ficando cansada de publicar, e vocês? Estão cansando de ler?)

Capítulo de 11h da manhã está aí, até daqui a pouco (eu já estou ficando cansada de publicar, e vocês? Estão cansando de ler?)

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora