76. A tia Nanda...

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Decidi seguir o conselho da minha mãe e tirar um tempo, tudo o que eu vivi foi muito intenso e eu não tive tempo para processar.

Pensando nisso eu decidi que a melhor coisa que eu poderia fazer nesse momento era ir para Bauru sem data para voltar.

Apesar de ter sido criada em São Paulo eu sinto como se Bauru fosse a minha casa de origem. É como se em outra vida eu tivesse nascido e morado aqui até os meus últimos dias.

Eu sei que mais cedo ou mais tarde eu vou ter que encarar a grande bagunça que a minha vida se tornou, inclusive vou ter que falar com o Fred.

De fato as coisas que ele disse e fez me assustaram, mas ele tem razão quando diz que é destino nós estarmos juntos depois de tantos anos.

Zyon me recebeu com todo o cuidado necessário, na verdade ele e a Beatriz vão ficar fora por um mês, ela vai fazer uma turnê européia e ele vai expandir os negócios para a Europa.

Obviamente Kael e a Kyara foram junto com os pais, então, em tese, a casa é toda minha, mas por ser a mansão Cavallero a tia Alice e a tia Nanda vivem dando as caras por aqui.

Estava fazendo um ovo mexido e torradas quando o meu celular começou a tocar sem parar, pensando que deveria ser algum desses robôs do marketing eu deixei cair na caixa postal.

Porém, logo em seguida, o celular voltou a tocar incessantemente. Irritada porque o meu ovo mexido não ficaria a mesma coisa eu desliguei o fogo e corri até o aparelho.

Vi que era a minha prima Zoe ligando, então atendi, já estranhando porque em mais de duas décadas se ela já me ligou três vezes é muito:

– Alô?
– Oi Clara.

Ela estava com a voz chorosa, então boa coisa não é.

– O que houve, Zoe?
– Minha mãe sofreu outro infarto.

Anos atrás, quando eu era pequena, a tia Nanda tinha sofrido um infarto e teve até que passar por uma cirurgia de emergência.

Na época os meus pais nos deixaram com o tio Felipe e com a tia Ana e vieram para Bauru passar um tempo com ela:

– Meu Deus!
– Clara, eu acho que dessa vez ela não vai aguentar.
– Onde vocês estão?
– Na Beneficência portuguesa.
– Estou indo para aí – eu disse e desliguei o telefone.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

43394861836
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O capítulo das 09h tá pago, já já sai mais um capítulo!

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Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora