89. Somos fortes e resilientes

121 15 0
                                    

Esse capítulo é dedicado a minha mãe que foi desenganada pelos médicos em 1988, eles lhe deram apenas mais um ano de vida por causa da cardiopatia dela, e ela viveu até 2021 indo totalmente contra a ciência e até hoje não se tem uma explicação lógica para isso. Te amo para sempre, mãe. Você é um exemplo de mulher ❤️
___________

Já fazia alguns dias desde que eu tinha saído do hospital, fiquei chocada ao ver que nesse meio tempo a minha família já tinha incluído o Fred no nosso núcleo.

Ele tinha saído do hotel e se mudado para a mansão Cavallero e até as crianças já estavam chamando ele de "tio Fred".

Com o Giovanni demorou um tempo até todo mundo aceitar ele como meu namorado e como parte da família, acho que todos, menos eu, sabiam que ele não era o homem certo para mim.

Eu estava na sala tomando café e torrada quando a Lia entrou na casa e me avisou:

– A tia Nanda já está pronta para te ver.

Olhei para o Fred e para os meus pais e dei um sorriso. Minha irmã e a namorada logo se aproximaram também para me ajudar:

– Gente, eu consigo sozinha e não vai ser bom para a tia Nanda o quarto dela ficar lotado.

Fui caminhando devagar com o Fred de um lado meu e a Lia do outro.

Assim que vi a casa da minha tia eu senti o meu coração aquecer, nós duas somos guerreiras.

Ela também passou poucas e boas com o Marcelo e, mesmo depois de ser massacrada pela vida, ela está aguentando firme.

Já estava pensando como subiria as escadas quando vi que tinham instalado um elevador na casa:

– Foi presente do seu pai, do Zyon, da Bia e da Yasmin – Lia explicou – para a minha mãe poder se locomover livremente pela casa.

Deus escolheu a pessoa certa para se tornar um jogador de vôlei famoso e rico, o meu pai tem um coração imenso e ele se doa para todo mundo.

Entrei no elevador e senti o meu coração batendo forte com a expectativa de ver a tia Nanda depois de tanto tempo. Lia foi na minha frente e abriu a porta da suíte:

– Mãe, tem alguém aqui que quer te ver.
– Pode entrar – ouvi a tia Nanda dizer.

Só ouvir a voz dela já é algo mágico, é uma amostra viva de que Deus e milagres existem:

– Oi tia, tudo bem?
– Clara, querida, se aproxime mais.

Já tinham me explicado que, por ter sido uma cirurgia de peito aberto, a recuperação da tia Nanda levaria de seis a nove meses, e que ela só poderia caminhar curtas distâncias nesse tempo para não correr o risco do corte abrir ou até de algum osso quebrar.

– Oi tia, estou aqui.

Peguei a mão dela e ela sorriu para mim:

– Queria poder te abraçar, eu sinto tanto por tudo que você passou.
– Eu é que sinto muito tia, é um milagre você estar viva.
– Deus gosta de nós duas, demais.

Eu nem imagino o que deve ter sido para a nossa família ter dois membros passando por cirurgias ao mesmo tempo.

Obviamente a da minha tia foi mais delicada que a minha, mas eu imagino como foi para o meu pai principalmente.

– Eu fico tão feliz por você estar viva e bem.
– E eu fico extasiada por te ver bem e com o homem da sua vida.

Me aproximei bastante dela e quase sussurrei para o Fred não ouvir nada:

– Nós ainda estamos muito no início, eu não sei se vai dar certo, se é para sempre.
– Quando eu vejo duas almas gêmeas eu reconheço de longe e é isso que vocês dois são.

Sorri para ela e olhei para o Fred que conversava com a Lia no corredor.

– Você é a mulher mais forte que eu conheço.
– Nós somos mulheres Cavallero, o nosso sobrenome já remete a força. É isso que nós somos, fortes.
– Fortes e resilientes.

Passei umas boas horas conversando com a tia Nanda, nunca fomos muito próximas, mas agora eu queria conhecer tudo dela.
________________

Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

43394861836

43394861836

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora