Reencontros e desencontros - Livro 16 (Família Cavallero) [Em andamento]

57. Eu não sou o centro do mundo

No dia seguinte eu já acordei super empolgada para rever o Fred, o problema de ser demissexual é que você não pode sentir minimamente alguma coisa por alguém que, pronto, automaticamente você já vira uma cadelinha de luxo dessa pessoa.

Tudo bem, não vou generalizar, mas comigo é assim que funciona desde o bendito dia que eu "desvirginei" a minha boca com o Fred.

Depois de enfiar caixas onde dava e onde não dava no meu carro eu parti rumo ao meu apartamento novo, decidi que aceitaria a ajuda do Fred para levar as caixas para cima e desempacotar algumas coisas.

Fui dirigindo calmamente até chegar no endereço, então vi uma loja toda de tijolinhos pretos com um neon enorme na fachada escrito: Paraíso das tattoos. ink.

Então é isso! Eu criei mil fanfics na minha cabeça do porquê o Fred andava distante desde que eu voltei de Bauru e, na verdade, ele estava investindo no próprio negócio.

Me senti uma tola por pensar que tudo tem a ver comigo, eu não sou o centro do mundo, eu sou só mais um ser humano que vive no planeta Terra.

Saí do carro e, logo que o Fred me viu, ele saiu do estúdio e veio me receber:

– Clara, seja bem vinda ao meu sonho.

Olhei a fachada admirada e disse, dessa vez em voz alta:

– Então é por isso que você estava sumido?
– Sim, mas não queria contar nada para ninguém até as coisas darem certo.
– Você fez bem de manter esse segredo.

Ele olhou para mim com o maior carinho do mundo e perguntou:

– Vamos entrar?
– Vamos.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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