"Dois tempos, duas vidas, um destino".
Em 2014, no último ano na faculdade de Jornalismo, Aline enfrenta as dificuldades e responsabilidades da vida adulta, ao mesmo tempo que tenta estar presente para os amigos e família, além da relação conturbada...
Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Aline e Henrique sairam para um final de semana numa casa de praia incrivel, onde divertiram com alomoço chique e um passeio de parapente.
Boa leitura =D
(Capitulos novos toda quarta feira)
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20 de outubro de 2014.
A água borbulha morna na banheira. Sabia se tratar de uma suíte quando primeiramente entrei no quarto, só não esperava que fosse ter um banheiro tão espaçoso.
A tarde se despendeu com nós sobrevoando a praia e a infinidade de coqueiros. Foi o mais próximo de "voar" que já experimentei. Desde pequena, se pudesse desejar qualquer superpoder, seria esse, então não poderia estar mais radiante. É uma experiência que lembrarei para sempre.
Rique me deu um tempo para tomar banho, tirar toda a areia e desembaraçar o cabelo, declarando que em seguida assistiríamos alguma coisa no primeiro andar. Meu objetivo inicial não era enrolar, mas ao entrar nessa banheira maravilhosa, não pude evitar.
O céu ostenta um tom púrpura profundo quando ergo meu corpo desnudo da água e tiro a espuma com uma das toalhas disponíveis. Estão quentes, como se tivessem acabado de retirá-las do aquecedor.
Escolho um conjunto de moletom e cropped confortável. Listras brancas seguem pelas laterais do tecido cinza, dando um toque estiloso às peças. Estou pronta para sair, e dessa vez escolho pegar o elevador para não ficar tentada a subir ao terceiro andar novamente.
De qualquer forma, aprecio como o dono me deixa a vontade para perambular por aí como quiser, gastar o tempo como desejar. O fato de não pressionar a seguir regras ou cronogramas me agrada. Sinto-me extremamente confortável.
Parte das janelas se encontram escuras, e as outras mostram os tons escuros e mutáveis do crepúsculo. Rique está sentado em um enorme sofá de veludo. Usa um roupão de aparência cara e tem o pé direito apoiado no joelho esquerdo. Segura um controle e parece contemplar qual filme escolher. Aconchego ao lado, acomodando entre as almofadas espaçosas. Percebo que há um cobertor dobrado no canto.
- Alguma preferência? – questiona.
Indico que não com a cabeça e sinceramente, não poderia me importar menos. Só quero relaxar em terra firme depois daquela tão emocionante aventura aérea.
Pulp Fiction começa na grande tela que engloba a parede oposta ao móvel. É bom o sofá estar relativamente afastando, pois nunca vi um telão tão grande em uma casa. O som chega até nós sem dificuldade, graças às caixas de som estrategicamente posicionadas. Achei que teria momentos de calmaria, mas na verdade começo a ficar intimidada pelo ambiente. O homem não poderia estar mais tranquilo, prestando atenção aos dois protagonistas conversando dentro de um carro, porém me sinto cada vez mais deslocada.
