Capitulo Cinco - Aline

13 3 27
                                    

Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Em conversa com o policial chefe da cidade de Coquinhos, Aline consegue novas pistas.

Boa leitura =D

(Capitulos novos toda quarta feira)


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


25 de setembro de 2014.

Voltamos à cidade. O céu já assume um tom escuro enquanto aproximamos da delegacia. Respiro fundo várias vezes, ainda tentando digerir o que aconteceu. De repente o rádio próximo ao volante apita, sobressaltando a nós dois. O policial atende, ainda com a atenção na estrada. Após alguns segundos de silêncio, ele xinga:

- Porra, só pode ser brincadeira, acabei de vir de lá!

Tento escutar, mas não identifico as palavras, apenas o tom tenso da voz na outra linha.

- Tenho que ir. – declara ao desligar. - É melhor descer.

Ao parar o carro, desafivela meu cinto.

- Onde?

Ele me encara, deixando claro a impossibilidade de responder, e parte assim que desço. Me lançando um olhar pesaroso pelo vidro. Que merda está acontecendo?

Me sinto desnorteada, fraca. Mesmo com os primeiros vislumbres da noite, o calor faz a cabeça doer e já não o aguento mais. Estou prestes a passar mal. O que ele quis dizer com "acabei de vim de lá"?

Praguejo baixo. Ainda tinha mais perguntas, outras informações a discutir. Massageio a têmpora dolorida, observando o céu arroxeado. Cigarras cantam no mato ao longe, e a terra já voltou a assentar depois da partida do veículo. Pediria uma carona para não ter que retornar caminhando ao hotel, mas agora minha chance se fora.

Suspiro, iniciando o longo trajeto.

Mal dou dois passos antes de um ruído profundo e gutural romper entre as árvores. Meu coração salta. É como um rugido, ou algo ainda pior. Levo a mão até o bolso da calça, procurando a faca, e noto com pavor tê-la esquecido no hotel.

Sem pensar duas vezes, começo a correr.

O céu fica cada vez mais escuro, é como se estivesse sendo observada, perseguida. Pode ser besteira, nada além de cachorros de rua. Ainda assim a sensação é perturbadora, ainda mais quando as cigarras param de cantar subitamente. Trinco o maxilar me perguntando sobre a segurança de Khaliu e Igor, se já chegaram ao hotel.

A noite se fecha rápido demais graças a vegetação densa, fazendo com que não consiga evitar tropeçar em pedras e torcer o pé em buracos.

Meu celular vibra no bolso, me sobressaltando. Qualquer hora dessas terei um infarto.

Levo a mão até o peito, tentando acalmar os nervos, minha ansiedade. Tenho dúvidas se escolheram a pessoa certa para o trabalho. Quando abro o aplicativo de mensagens e vejo o nome de Rique, uma sensação avassaladora de alívio me toma.

Desde Agora e Para Sempre | VOLUME 1 | Série "Tempo de Amar"Onde histórias criam vida. Descubra agora