Capitulo Três - Aline

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Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Em conversa com os moradores da cidade de Coquinhos, em especial um caçador, Aline descobriu que o local é cercado por lendas sobrenaturais, será esse o centro do problema?

Boa leitura =D

(Capitulos novos toda quarta feira)


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24 de setembro de2014.

Saio da loja e desço a rua. Não há mais nenhum comércio, apenas casas com famílias que começam a acordar. Idosos fumam seus cigarros de palha no quintal, balançando nas cadeiras quase tão antigas quanto eles. A fumaça se destaca na sombra, já que as árvores nessa parte da cidade são mais densas. A luz encontra mais dificuldade para escapar por entre os galhos.

No horizonte, não muito distante, avisto algo interessante: uma fábrica.

A principal fonte de renda do município As informações que consegui sobre as atividades feitas por lá são muito confusas. Algo com animais, ou tecidos também. Porém no momento, o mais importante é a fumaça desgraçada que sai pelas chaminés altas. Piorando o mormaço do ar. Bufo, chateada.

Dou meia volta, pretendendo retomar o caminho até a prefeitura, porém um vão escuro, ao lado da loja de animais, chama minha atenção. É como um beco. Aproximo-me lentamente, sem ter certeza do que procuro. Passos adiante e um cheiro acre se pronuncia. Torço o nariz, mas continuo.

O beco leva até um espaço atrás da loja. A poucos metros dali há um galpão fechado, e dele, um líquido escuro escorre pelas brechas da porta, encharcando a terra em poças negras. Aquilo me perturba. Corro os olhos ao redor, avistando um machado enferrujado à direita, está fincado com força no chão. O cabo manchado com o mesmo líquido fedorento de antes.

Fico paralisada com a cena. O que aconteceu aqui? Estalos dentro da loja indicam a aproximação de alguém, e recuo, cambaleante.

Logo estou correndo de volta pelo caminho original. A mochila batendo nas costas com o peso da faca recém adquirida.

- Meu deus, Aline. - a voz de Khaliu me faz parar. Ele está no meio fio ao lado da prefeitura. Corri todo o caminho mais rápido do que havia imaginado. - O que foi?

- Pressa. - respondo sem fôlego. - Cadê o Igor?

- Foi investigar. Como foi lá no comércio?

Sinto uma espécie de desconforto. Não quero falar sobre as peles de animais bizarras penduradas pelo local ou de toda a história dos corpos esfolados. Ainda não. Sem contar no que achei atrás da loja.

Talvez mais tarde possa fazer piada de todas essas coisas, mas no momento me encontro ligeiramente perturbada.

- Depois te conto. - desconverso.

Desde Agora e Para Sempre | VOLUME 1 | Série "Tempo de Amar"Onde histórias criam vida. Descubra agora