Capitulo Cinco - Aline

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Anteriormente em "Desde agora e para sempre": Em meio a muita bebedeira e algazarra, Aline e Marcos se conheceram, sentindo a faisca da paixão quase que instantaneamente. Toda essa diversão foi levada até um quarto de hotel, onde as coisas não aconteceram como planejado. Na manhã do dia seguinte, Aline deixa o garoto de cabelos cacheados dormindo e ruma para casa.

(Capitulo novo toda quarta-feira)


Boa leitura :D


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9 de Janeiro de 2014.

Tenho a melhor das sensações ao retomar meu caminho pela praia. O céu ostenta uma mistura de roxo, rosa e dourado. É fascinante. Não percebo a gravidade da minha ressaca até me estabanar com a porta da casa de praia. Mas, por sorte, não tenho que lutar muito contra ela.

Verônica faz o trabalho por mim, a abrindo em um rompante e quase me causando um mini-infarto. O que ela está fazendo acordada a essa hora?

A mulher abre espaço para que eu passe e é isso que faço. Vou imediatamente até o balcão da cozinha. Preciso desesperadamente de um copo de água para que minha cabeça não exploda. Verônica me segue tão silenciosamente que não noto sua presença até descartar o copo na pia e me virar para subir as escadas.

Ela veste um roupão de seda branca com uma camisola combinando. Está linda e não são nem seis e meia da manhã. Normalmente eu só passaria por ela murmurando um "bom dia", mas algo em seu olhar me faz hesitar.

Vejo desaprovação em suas feições e tento impedir que a irritação usual tome conta do meu peito. Há algo mais, mas ela se vira para a cafeteira antes que eu consiga compreender o que é.

- Você devia beber alguma coisa mais consistente. – diz, escolhendo uma caneca da prateleira e a encaixando antes de o café quente começar a sair da máquina para preenchê-la. - Sei que não sou sua mãe, mas...

- Sim, não é.

Arrependo-me do meu tom ríspido assim que as palavras saem. Mas a irritação deve estar estampada em meu rosto, de qualquer forma. Mesmo se não falasse nada, ela saberia.

- Aqui. – estende o copo fumegante e então percebo o que era aquele outro brilho em seu olhar. Preocupação.

Talvez essa preocupação nem seja por mim, é mais provável que seja pela influência que exerço sobre os sentimentos do meu pai.

Aceito o café com as mãos um pouco trêmulas e o olhar baixo. Sinto algo como vergonha, mas não é como se sair por aí fosse errado. Tratar os outros mal, isso sim é errado.

E foi o que eu acabei de fazer. Aperto a caneca com força.

- Você já é adulta - Verônica pontua. Seu tom não é mais tão calmo. - Promete tomar mais cuidado?

Desde Agora e Para Sempre | VOLUME 1 | Série "Tempo de Amar"Onde histórias criam vida. Descubra agora