Capitulo Quatro - Aline

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Anteriormente em 'Desde Agora e Para Sempre': Aline conheceu Marcos, e festejou bastante ao seu lado, entre doses de vodca eles se beijaram pela primeira vez.

Boa leitura =D

(Capitulos novos toda quarta feira)


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9 de Janeiro de 2014.

Horas depois, com o bar mais vazio e a música menos frenética, aconchego na areia com a visão hilária dos bêbados a cambalear pela praia, alguns, no limite do mar, que oscila em formosura e calmaria, quando Marcos aproxima. A brisa em meus cabelos é interrompida quando se posiciona ao lado, tampando o vento com o corpo.

— Aí está você, fujona. — cumprimenta com bom humor. Depois de uma noite de jogos e conversa com esse grupo bagunceiro, conseguimos nos divertir bastante.

Entre o retesar de uma onda e o avançar de outra, minha curiosidade por ele cresce:

— O que costuma fazer? Em relação a trabalho, essas coisas. — a pergunta sai meio embolada, mas consigo finalizar o raciocínio.

O garoto muda de posição e um lampejo de cor acompanha o movimento. Seu braço direito é envolto em azul, rosa e roxo. A tatuagem ostenta desenhos de diversos modelos de câmeras fotográficas, numa transição das mais antigas para as atuais, com representações de fotos polaroid intercalando cada uma. É uma arte leve e fluída, trazendo toques sutis à figura que monto do garoto.

Ele percebe que o fito:

— Ah... — indica a tatuagem com um movimento de ombro. Ela desce até o antebraço, desenrolando perfeitamente pelos músculos tímidos. — Gosto de fotografia.

— Não foi difícil chegar nessa conclusão. — lhe arranco risos.

— E você?

— Gosto de jornalismo. — o imito, causando gargalhadas generalizadas, acredito que passei um pouco do limite nas bebidas.

— E o que fez essa excelentíssima jornalista decidir trabalhar em Salvador? — apesar do sarcasmo sua curiosidade é genuína.

— Não vim trabalhar, vim estudar..., na verdade, não foi totalmente escolha minha. — esforço para abafar os sentimentos revoltos que o álcool em excesso quer revisitar. — Espera, como sabe que não sou daqui?

— O seu jeito de falar, meio engraçado. — parece conter um ataque de riso.

— Não falo engraçado. — protesto.

— Fala sim. — ri baixinho e decido ignorar, discutir com bêbados nunca é um bom negócio.

O bar a nossas costas parece bem distante e o mar dá a impressão de querer aprochegar a cada onda, mas a água salgada recua, deixando areia úmida e uniforme, livre de pegadas. Inspiro ar fresco ao lado daqueles olhos castanhos enquanto o relógio se afasta da meia-noite, mergulhando na madrugada que parece eterna.

Desde Agora e Para Sempre | VOLUME 1 | Série "Tempo de Amar"Onde histórias criam vida. Descubra agora