Capítulo Quarenta e quatro - Aline

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Anteriormente em 'Desde Agora e Para Sempre': Depois de conseguir tudo que precisa para encerrar a investigação sobre o incidente de Olivia, uma dúvida ainda permanece na mente de Aline: Eric é ou não culpado?

Boa leitura =D

(Capitulos novos toda quarta feira)


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23 de Julho de 2014.

Olivia está passando um tempo na casa dos pais. Ela mandou a localização assim que saiu do hospital. Agora me encontro em um dos bairros mais ricos de Salvador. Prédios luxuosos e casas exóticas, me sentiria deslocada se não estivesse ocupada demais os admirando.

É final de tarde, o GPS faz com que eu pare em frente a uma casa de três andares. Videiras floridas descem pelas sacadas, colorindo as paredes externas de um verde refrescante. Do portão de vidro - nunca vi um portão de vidro antes, não parece ser nada seguro, apesar de chique - posso ver pequenos bebedouros açucarados para os beija-flores que se banqueteiam. Entendo o motivo dela ter escolhido ficar aqui para a recuperação, é um lugar incrivelmente agradável.

Toco o interfone e uma voz feminina familiar atende.

- É Aline. - me apresento. - Aquela amiga de Olivia do hospital.

- Ah, olá querida! - a voz adquire um tom animado, mas muda rapidamente. - Infelizmente Olivia não está disposta para visitas no momento.

A mulher soa triste, e compreendo. Estou ciente do isolamento da ruiva.

- Não tem problema, vim falar com a senhora.

- Comigo? – parece surpresa. - Só um instante.

Nunca tinha visto um portão de pedestres automático, porém este se abre para mim sem ao menos tocá-lo. A porta gigantesca e retangular se abre para revelar a mulher vestindo um avental. Uma visão simples, que destoa do ambiente. Sorrio.

- Entre, guria. Que bom te ver.

Aproximo-me recebendo um abraço acolhedor. A mulher me guia até uma sala de estar bem decorada em tons de creme e dourado. Sai por alguns instantes, e quando retorna, segura uma bandeja de biscoitos quentes.

- A senhora que fez?! - fico extasiada.

Ela se acanha.

- Sim. Tenho tentado de tudo para animar um pouco a Oli. - o rosto se ilumina com carinho quando diz o apelido da filha. - Ela não tem muito apetite ultimamente, sabe?

- Imagino... – falo com certo pesar. – Vou direto ao assunto.

- Sim?

Mastigo um dos biscoitos, ganhando tempo para pensar como proceder.

- Vim pedir para que a senhora me acompanhe até a delegacia.

A frase a faz se encolher.

- Para que? - faz menção de se levantar, desamassando a roupa. É notável o fato de que está desconfortável. - A polícia já está investigando.

Desde Agora e Para Sempre | VOLUME 1 | Série "Tempo de Amar"Onde histórias criam vida. Descubra agora