"Dois tempos, duas vidas, um destino".
Em 2014, no último ano na faculdade de Jornalismo, Aline enfrenta as dificuldades e responsabilidades da vida adulta, ao mesmo tempo que tenta estar presente para os amigos e família, além da relação conturbada...
Anteriormente em 'Desde Agora e Para Sempre': Em meio a fantasias, diversão e bebedeira, a festa de Aline e os colegas continua.
Boa leitura =D
(Capitulos novos toda quarta feira)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
12 de Julho de 2014.
Após algumas latinhas, a pulsação da música se torna irresistível, e meu corpo implora pelo movimento. Logo estou de volta à área principal, deparando com Cris e duas outras colegas do curso de Jornalismo.
Desligo o lado consciente do cérebro e deixo que a batida me possua, ditando a movimentação que sai de forma espontânea. Fixo em Cris por alguns instantes, a qual está deslumbrante, e atrai olhares ao redor. A tiara pontiaguda realça as mechas azuis, e a túnica presa em apenas um ombro contorna seu corpo como se estivesse prestes a cair. Olívia proibiu estritamente que usasse sutiã, e tive que concordar. Os seios fartos da garota balançam sob o tecido enquanto dança. A maquiagem azul cintilante a faz brilhar e se destacar na turba.
A seleção musical muda com o passar do tempo, e quando começa a tocar funk soltamos risadas cheias de significado e jogamos as mãos para o alto. Não é porque sou bailarina que não sei requebrar. Descemos até o chão e inventamos passos para uma mini coreografia improvisada, sem medo de sensualizar.
- Como pode dançar na ponta dos pés e também rebolar desse jeito? – Laura, uma das colegas, reclama em tom descontraído.
Respondo aos risos, a provocando ao empinar a bunda e fazer "quadradinho". Atraímos bastante olhares, mas nada que nos acanhe.
O DJ percebe a comoção por conta da melodia e permanece no repertório por um longo período. Há mais gente requebrando do que pulando com os braços para o ar, como é de costume nas trilhas eletrônicas.
O suor escorre pela lateral do rosto, e apesar de cansada não quero parar, mas a sede fala mais alto e agilizo até a cozinha em busca de outro energético. Dessa vez ajo com esperteza, utilizando uma rota alternativa, menos povoada. De repente alguém agarra meu braço e já estou pronta para xingar quando avisto o emaranhado de cachos castanhos.
- Vem comigo. - apesar das palavras de ordem, Marcos soa afável, e um tanto apressado.
- Pra onde? - minha cabeça gira em surpresa e hesitação.
- Só vem.
O susto ainda inebria a mente, mantendo a frequência cardíaca acelerada, mas o corpo vagarosamente cede ao pedido do garoto, que conduz até o banheiro do térreo. Só percebo o que está acontecendo quando a porta fecha atrás de mim e ele avança com a língua em um beijo fervoroso, e levemente alcoolizado.
Me entrego ao momento, agarrando a nuca enquanto suas mãos exploram meu corpo, concentrando no quadril.
- Está gostosa para caralho nessa fantasia. - expira pesadamente, recuperando o ar, os olhos cheios de malícia.