"Dois tempos, duas vidas, um destino".
Em 2014, no último ano na faculdade de Jornalismo, Aline enfrenta as dificuldades e responsabilidades da vida adulta, ao mesmo tempo que tenta estar presente para os amigos e família, além da relação conturbada...
Anteriormente em 'Meu presente, Seu futuro, Nosso passado': Marcos se mudou para uma nova casa. Em meio aos constantes desafios para gerenciar a loja, ele tem uma ideia.
Boa leitura =D
(Capitulos novos toda quarta feira)
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16 de setembro de 2034.
Ao final do expediente, estaciono a frente de uma casa verde no bairro Brotas, vim aqui poucas vezes enquanto ainda estava casado. Esmurro o portão de madeira, a tinta do muro ao lado dá sinais de desgasto, rachada em alguns pontos e descascada em outros.
- Quem é? – ouço uma voz feminina.
- Dolores, sou eu, Marcos.
A mulher aparece com um sorriso no rosto e apreço para abraçá-la. Ao separarmos, a observo melhor; os cabelos cacheados estão mais curtos e com volume, de uma forma que nunca vi antes. Os óculos rosa, de aro redondo, moldam o rosto de forma divertida.
- Que saudade! Você sumiu, nunca mais mandou mensagem. – fala.
- Desculpa, mas com minha questão com Aline pensei que ela ficaria brava se continuasse conversando com você.
- Não tem nada disso, amo minha irmã, mas também gosto muito de você. – acaricia meu ombro, me fazendo sorrir.
Passamos pela pequena área coberta por ladrilhos laranja, do lado direito rente à parede, roupas e lençóis enchem os varais.
- Não liga para a bagunça, acabei de chegar do trabalho.
- Tudo bem. – a tranquilizo.
Sento no sofá coberto por uma capa verde, deixando o capacete de lado. Admiro seu bom humor repentino.
- E as novidades? – indaga, aconchegando ao lado.
- Comecei a trabalhar na fábrica da minha família há alguns meses, mas atualmente estou gerenciando uma loja de departamento, no centro.
Mostra-se surpresa:
- Continua com a fotografia?
- Não, tive que parar, não estava dando tanto dinheiro como antes.
- Que pena, você é muito bom.
Sorrio em agradecimento.
- Em tempos como esses o dinheiro fala mais alto, não é? – digo de forma descontraída, mas não consigo disfarçar a tristeza.
