"Dois tempos, duas vidas, um destino".
Em 2014, no último ano na faculdade de Jornalismo, Aline enfrenta as dificuldades e responsabilidades da vida adulta, ao mesmo tempo que tenta estar presente para os amigos e família, além da relação conturbada...
Anteriormente em 'Desde agora e para sempre': Durante uma reunião no trabalho, Marcos se mostrou mais ativo para os negócios da familia, impressionando a irmã. Enquanto isso, na primeira sessão com o psicologo, Marcos relembrou o dia da audiência pela custódia de Theo. Em um fim chocante e um tanto doloroso, Marcos e Nick foram espancados por um grupo de homens que parecem ter algum tipo de negocio com o segundo. O que será que Nick aprontou dessa vez? Qual o fim dessa trama complicada?
Boa leitura :D
(Capitulo novo toda quarta feira)
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8 de julho de 2032.
- Foi uma fratura pequena, retorne semana que vem para fazer os exames e vermos como está. – o enfermeiro diz ao terminar de engessar meu punho e parte da mão.
Assinto, agradecendo o serviço.
Ao caminhar pelo corredor estéril do hospital, ainda sinto os dedos latejar. Pessoas em macas esperam atendimento no corredor. O barulho de vozes constantes me incomodam um pouco. Chego à recepção e logo avisto Nick, que ostenta pontos e curativos no rosto. A única vontade que tenho é não vê-lo nunca mais na vida, mas controlo a raiva e me aproximo.
- As chaves. – falo friamente.
Seus olhos verdes focam em mim e pela expressão consigo deduzir que está frustrado consigo.
- Marcos, eu posso...
- Quieto. – interrompo, a voz ainda mais séria. – Entregue as chaves, esperarei no carro enquanto paga a conta.
Ele encara por alguns segundos, mas enfim cede, tirando o objeto do bolso e o colocando em minha mão direita.
O caminho de volta é silencioso, flexiono os dedos da mão esquerda, sentido o formigamento cessar aos poucos. Quando entro em casa vejo a pequena poça de urina próxima à porta, e metros à frente, aos pés da cadeira, gotas de sangue sujam o piso. Ainda bem que consegui trocar de roupa antes de ir ao hospital.
Desabo no sofá. Tendo a garantia de que agora estamos em um local onde teremos mais privacidade. Nick passa sem me encarar, mas chamo sua atenção:
- Senta. – mando.
Ele retorna e obedece.
- Fale. – os olhos transmitem o ódio que preenche meu interior.
- Desculpa, não sabia que isso iria acontecer, não queria que fosse envolvido, juro. – percebo sinceridade em sua feição, mas permaneço sério.
- Quem eram aqueles caras?
Respira fundo, parecendo relutar em falar a verdade. Por vez, continuo com o olhar fixo nele.
