"Dois tempos, duas vidas, um destino".
Em 2014, no último ano na faculdade de Jornalismo, Aline enfrenta as dificuldades e responsabilidades da vida adulta, ao mesmo tempo que tenta estar presente para os amigos e família, além da relação conturbada...
Anteriormente em "Desde agora e para sempre": Aline e sua família decidiram passar o restante das ferias de verão numa casa de praia em salvador. Ansiando por aventuras, ela desobedece seu pai e sai escondida para um bar na praia, onde conhece um moreno misterioso.
(Capitulo novo toda quarta-feira)
Boa leitura :D
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8 de Janeiro de 2014.
— Não acha perigoso aceitar bebida de estranhos? — devolvo com descontração, tentando desvendar suas intenções.
— Talvez, mas prometo que o barman não tentará te drogar, não é Geraldo? — o de pele escura graceja em direção ao ser robusto atrás do balcão, que não dá atenção, seguindo para atender outros clientes.
— Com essa cara acho bem capaz que tente. — brinco, e ele ri.
— E então, vai juntar a nós? — o garoto das cervejas abre um sorriso faceiro.
A princípio me encontro sem fala, ponderando aglomerar com o grupo de festeiros, mas, algo me diz ser uma boa ideia permanecer distante de jovens bêbados e barulhentos.
— Obrigada, fico bem aqui. — beberico da garrafa que Geraldo deposita no porta-copos personalizado. Meus dedos doem graças à baixa temperatura da bebida.
— Não sente solitária? — apela para um olhar astuto como se tivesse a habilidade de ler mentes.
— Tem tanta gente nesse lugar, porque sentiria?
Arqueia as sobrancelhas, não esperava a resposta afiada.
— Digo... você não parece estar acompanhada. — olha para os lados. — Uma garota como você não deveria pernoitar no balcão de um bar. Isolada. — o tom recheado de sarcasmo.
Quase cuspo a cerveja com a risada inesperada:
— Essa é a sua melhor cantada? — assumo tom debochado, lhe arrancando um sorriso envergonhado de canto de boca.
— Não, mas tento. — esforça para contornar a situação. — Vem, vai ser legal, se não for, te pago outra cerveja. — estende uma das garrafas em minha direção.
Curvo os lábios, incerta, relanceando para onde ocorre a reunião. É exatamente disso que preciso no momento. A outra opção seria continuar no banquinho até enjoar e regressar para casa.
Não. Tudo menos retornar àquele lugar.
— Parece que estou inclinada a considerar — gracejo.
— Isso é um sim? — fala cheio de expectativa.
— Sim. — pulo do banco e arrumo o vestido.
— Ótimo. — mostra a dentição alva novamente, satisfeito.
