Cap 43

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                                 POV NATI

Estava na faculdade, como uma noite normal, nada de mais. Só faltava duas horas para podermos ir para casa.

Estava prestando atenção na professora, até que escutamos gritos e barulhos de tiros vindo lá do primeiro andar. Logo eu e minha turma nos desesperamos.

Nossa professora pede para ficarmos calmos e em silêncio. Ela vai até a porta, sai para ver o que estava havendo.

Os gritos continuavam, a maioria da nossa turma já estava chorando, nossa professora volta correndo e tranca a porta.

- gente, tem atiradores aqui, fiquei escondidos a onde eles não consigam ver, por favor fazer silêncio- ela fala chorando.

Fechamos as cortinas, colocamos tudo de pesado na frente das portas e nos escondemos.

Ficamos chorando baixinho, e alguns rezavam. Eu estava totalmente paralisada, única coisa que conseguia fazer era chorar, mas não raciocinava direito.

Todos nós estávamos abraçados um no outro, e nos despedindo caso algo aconteça. Alguns estavam fazendo vídeos para as famílias, dizendo o que estava havendo.

- gente por favor, ficam em silêncio, vai dar tudo certo- nossa professora tenta nos acalmar.

Caso eles venham aqui na nossa sala, eu não sei se saio correndo, ou se desejo ter uma morte rápida para sofrer menos.

Única coisa que consigo pensar, é em todos que irei deixar, meu pai vai perder a única filha, meus irmãos não terão mais ninguém para escravizar, vinnie terá que seguir em frente.

Estava escrevendo uma mensagem de despedida para vinnie, dizendo que caso aconteça algo, eu quero que ele siga em frente.

Não tinha conseguido terminar de escrever, minha bateria havia acabado. Só espero que alguém tenha chamado a polícia.

Escuto mais barulhos de tiros, estava morrendo de medo, tampava meus ouvidos quando alguém gritava ou atiravam.

Pq um ser humano tem coragem de vir em uma escola, numa creche ou numa faculdade e matar todos. O que passa na cabeça de uma pessoa assim?

Pode ser um trauma do passado, mas essas pessoas não têm coração, matar jovens, crianças , e professores. Mas quem vai ficar com trauma sou eu.

Escuto sirenes, mas se são os bombeiros, ou policiais ou até a ambulância, isso eu já não sei, contanto que me tirem daqui, tudo bem.

Pelos passos, havia pessoas correndo, mais tiros, gritos e choros. Quanto mais os passos vão se aproximando, mas a gente treme e chora.

Já estava pensado na minha morte, e que pelo menos irei encontrar o Freddie Mercury, Michael Jackson, Elvis Presley, Cameron Boyce , vou encontrar o cuzão do Adolfo Hitler e vou dizer umas verdades pra ele.

Tentam arrombar a porta, e a cada barulho que dava, eu colocava as mãos na minha boca para não gritar. A porta é aberta e eu já até sentia a bala na minha pele.

Encaro a porta para ver quem vai me matar, e era a polícia, dizendo que já tinham apreendido os dois atiradores, e que agora já podíamos ir para casa.

Todos se abraçam e guardam seus matérias e vão embora. Mas eu não conseguia me mover, não conseguia pensar. Com a ajuda da professora, me levanto do chão e ela me abraça bem forte e ali eu choro mais um pouco.

- tá tudo bem tá , vc já pode ir para casa, vai poder ficar com sua família - esse é o problema eu não tenho ninguém aqui.

Tentei respondê-la, mas nenhuma palavra saia, apenas guardo meus matérias, e tento respirar. Saio da sala, ando bem devagar, com medo de que tenha mais um atirador.

Recomeço -2 - vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora