Cap 105

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                                POV VINNIE

Hj é o o dia tão esperado por mim e pela nati. Hj iremos ver se está tudo bem com o bebê, mas primeiro tenho que trabalhar até dar a hora da consulta.

Já estávamos em Los Angeles, e nessa nossa viajem para Seattle, da pra se dizer que a nati foi bem mimada, tudo o que ela queria comer minha mãe fazia, ela até ganhou massagens nos pés, lógico eu tive que fazer.

Nessa gravidez ela ainda muito enjoada, não sei quantas vezes tive que parar o carro para ela vomitar, no avião também. Se ela sentia o cheiro de algum alimento marinho, como peixe, camarão, ostras, ela vomitava tudo.

Ela só consegue pegar no sono com um bendito travesseiro, que é colocado no meio das suas pernas, que ela dorme agarrada nesse treco, vontade de jogar no lixo. Da pra se dizer que fui trocado por esse travesseiro.

Faltava 15 minutos para dar a hora do almoço, já estava tudo pronto para ir embora. Para passar esses 15 minutos, fiquei vendo inspirações de chá revelação e de quartos para bebês no Pinterest, posso dizer que esse virou o meu passa tempo.

                                        . . . 

Deu a hora do almoço, acabo de destrancar a porta e fechá-la novamente. Dou uma rápida varrida com os olhos para ver se encontro minha esposa, e ela estava ela, curtindo uma brisa na sacada enquanto acaricia sua barriga e admira a vista.

Dou passos curtos e silenciosos para a varanda, me paro atrás dela e beijo seu pescoço, sentindo sua pele ficar arrepiada.

- oi amor - coloco minha cabeça sobre seu ombro e começo a acariciar sua barriga.

- oi bê - ela me dá um sorriso meigo.

- como foi o seu dia? Tudo bem com vcs? - me refiro ao bebê.

- tudo bem com nos dois ou nos duas - beijo sua bochecha e me levanto - o almoço está na geladeira, só tem que esquentar -

- e vc não vai comer?-

- eu já comi - ela solta uma risada travessa.

- tá bem, vou lá - dou mais um beijo nela e vou para a cozinha.

Enquanto esperava a comida ficar quente, nati me abraça por trás com uma certa dificuldade por conta da sua barriga de grávida, mesmo ela não estando tão grande, ela atrapalha.

- tá animada para a consulta de hj a tarde? - pergunto-a.

- estou, e vc? -

- muito animado, quero ver como tá o coraçãozinho do nosso bebê - falo a última palavra com a voz fina.

- sabia que eu adoro a sua animação com as coisas mais simples? - tá eu sou muito animado.

- e eu adoro o jeito que vc fica ansiosa por tudo, seja por horário, prova, trabalho. Vc é assim desde a nossa adolescência -

- eu odeio isso, por conta disso eu sou uma pilha de nervos, não consigo pegar no sono com facilidade, me preocupo com muita antecedência, não consigo relaxar, estou sempre preocupada -

- mas agora que o seu único dever é ficar sentadinha no sofá, sem fazer nada, vc ainda é ansiosa? -

- isso é uma coisa que eu sempre vou ser, mas diminuiu. Talvez foi por eu me estressar muito que a gente tenha perdido o outro bebê - no seu tom de voz parecia decepcionado, ela estava decepcionada com sigo mesma.

- não foi sua culpa, e já passou tá bem? A gente já tem outro pãozinho no forno - dou um selinho nela e vou para o microondas que estava apitando.

                                        . . .

Com dificuldade, ajudo nati a entrar no carro para podermos ir para o médico. Faço a volta e entro no banco do motorista e logo acelero o carro.

Dps de alguns minutos, chegamos no hospital, fomos lá na recepção com muita calma, e falamos que já estávamos aqui. A moça falou que éramos para sentar e esperar.

Novamente, com dificuldade ajudo ela a se sentar numa cadeira e logo me sento ao seu lado. Nati pegou um livro sobre amamentação para ler.

Falando em livros, a minha esposa comprou muitos livros sobre como cuidar de um bebê, amamentação, sobre o parto, e ela está me obrigando a ler também. Já levei um xingão dela por ter dormido enquanto lia.

Mais alguns cinco minutos e somos chamados. Ajudo ela a levantar e então caminhamos para dentro da sala. O médico fechou a porta, mandou ela se deitar a maca. Levanto ela e a coloco sentada na maca.

Já não gostei pq o médico mandou ela abrir as pernas, o único cara que pode ver a piriquita da minha mulher sou eu.

Ele fazia algumas perguntas enquanto preparava seus aparelhos. Dps do interrogatório, ele vai até a piriquita da minha mulher e enfia sua mão nela. Aposto que a minha feição era de ciúmes, nati deve ter percebido, então pegou a minha mão e se agarrou nela.

Ele tirou a mão de lá e tinha um pouco de sangue, logo fiquei assustado e com nojo, mas ele falou que isso era normal. Se ele diz né.

Dps ele pega um aparelho e vai na piriquita de novo e enfia dentro. Ele falou que como ainda era muito cedo, o único jeito de ouvir o coração era por esse aparelho.

Com o aparelho ele se aproximou do bebê, nos conseguíamos  ouvir o coração do nosso filho. O médico parece ter achado algo errado então começou a mover o aparelho.

Nessa altura eu já estava todo suado com medo do que pode ser, nati estava com a mesma expressão de medo que eu.

- eu não estou ouvindo o coração - então que barulho era aquele?

Eu e minha esposa nos entreolharmos, ela estava com uma expressão de tristeza, não acredito que tudo vai acontecer novamente.

- eu estou ouvindo dois coraçõezinhos. Parabéns mamãe e papai, vcs vão ter gêmeos - ele completa.

Eu entendi direito? Só pode ser brincadeira, eu devo ter entendido errado.

- como ? - já estava zonzo.

- éh, vcs vão ter gêmeos. Olha - ele apontou para dois minis bebês na televisãozinha.

Me aproximei e era verdade. Olhei para nati, minha visão estava completamente borrada, comecei a cambalear para trás, até enxergar tudo preto.

Recomeço -2 - vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora