Capítulo 22

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Dulce Maria

Depois de me despedir e agradecer os amigos de Christopher entrei no prédio e de novo dona Lolla estava na janela e quando passei ela começou.

Dona Lolla: Mais que falta de respeito com nos moradores, somos obrigados ver você saindo de carros com os seus homens - fez cara de nojo - Esse prédio é de família e de respeito.

Ignorei obrigando minha boca ficar fechada para não falar umas coisinhas para essa senhora. Ela era de idade Dulce, apenas ignora. Ignora.

Entrei em casa e Zoraida estava largada no sofá vendo TV. Ela sorriu.

Zoraida: Como Christopher está?

Dulce: Bem. Amanhã vou ficar com ele.

Zoraida: Como é a casa dele? - sentou no sofá - Tem piscina? Sauna?

Dulce: Ele mora em uma cobertura de frente para Copacabana. E lá parece um palácio de tão grande. Tem piscina sim, onde deveria ser a varanda.

Zoraida: Uau - bateu palmas.

O apartamento de Christopher era enorme. Tudo moderno e caro, fiquei apenas na sala mas já fiquei bem admirada com tudo aquilo. Olhei ao redor e nenhum sinal de Maite.

Dulce: Cadê a morena? 

Zoraida: Eu dei um remédio pra ela. Estava com dor de cabeça e foi dormir.

Dulce: Vou ver ela. Fez a janta?

Zoraida fez careta.

Zoraida: Fiz miojo.

Dulce: Ótimo, porque não vou jantar.

Zoraida: Já comeu? - o celular dela tocou

Dulce: Sim. Com Christopher e os amigos dele - falei enquanto ia para o quarto de Maite. Abri a porta devagar e tudo estava escuro. 

Maite: Entra Dul...- murmurou.

Dulce: Te acordei gatinha? - fechei a porta e me aproximei dela sentando ao seu lado na cama.

Maite: Não. Estou sem sono. Como foi lá com Christopher? - sua voz era baixa.

Dulce: Bem. Sua dor aumentou?

Maite: Está passando. Vou ficar bem, sabe que sempre tive essa dor de cabeça

Dulce: Me lembro da madre superiora dando aquela gosma de xarope para você tomar - fiz careta.

Aquele remédio me dar calafrios.

Maite: Aquilo era horrível. E a prova disso foi a bata dela cheia do meu vômito - riu baixinho.

Dulce: Você nem sabe com quem eu dei de cara hoje. - sorri - O Christopher mora em uma cobertura em frente de copacabana e o apartamento dele é lindo May, mas achei bem vazio também, meio sem vida, sabe?

Maite: Ué ele não tem móveis?

Ri.

Dulce: Vazio que eu digo, é um vazio de um apartamento frio. Sem vida, tipo aqui, somos pobres mas quando entro aqui eu sinto uma energia boa, quando entrei naquele palácio me senti sozinha, triste e solitária - confessei.

Maite: Você acha que ele é triste?

Dulce: Olha eu não posso dizer isso porque mal o conheço. Ele tem bons amigos o que demostra que não é de fato sozinho. E é mulherengo também, eu te falei das mensagens que li no celular dele? - ela assentiu - Ele é cheio de mulher também. E tem dinheiro.

Maite: Muito dinheiro.

Dulce: Mas sei lá ele me parece um pouco...carente, talvez? Vou descobrir quando passar esses dias com ele.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora