Capítulo 48

507 33 16
                                    

Christopher Uckermann

Ignorei o meu celular tocando mais uma vez e encarava a parede morrendo de raiva. Não acredito que ela possa ter feito isso comigo. Dulce tinha namorado, ela tinha alguém na vida dela e mentiu para mim. Mentiu de uma forma tão cínica e....droga, como fui tão burro? Ela era linda demais para ser solteira. Eu não queria nunca mais ve-la novamente. Fui o grande palhaço da história. Um completo idiota.

Durante a manhã de segunda-feira, ignorei qualquer mensagem ou ligação que não fosse relacionado ao trabalho, mais uma mensagem de Dulce no meu celular não pude deixar de ler, ela queria que eu ao menos a deixasse explicar o que aconteceu. E isso tem explicação? Ela ia me dizer o quê? Que tinha namorado e estava me fazendo de idiota o tempo todo?

Que raiva! 

Tentei me concentrar no trabalho, mas foi impossível. Aquela mulher não saia de meus pensamentos e a raiva não me deixava trabalhar em paz. Por isso, na hora do almoço pedi uma comida caseira em um restaurante e daria uma pausa durante a tarde, até que possa voltar a trabalhar sem que nada me atrapalhe ou até mesmo a raiva diminua. Quando o entregador chegou, desci para buscar o meu almoço e quando estava voltando para o apartamento seu Nicolau me chamou.

Nicolau: Senhor Uckermann a sua namorada esteve aqui hoje mais cedo e pediu para lhe entregar esse bilhete - estendeu um pequeno papel pra mim - Ela parecia bem triste senhor. 

Namorada.

Ela não era minha namorada e sim a namorada de outro cara.

Peguei o papel sem muita importância.

Apenas agradesci e entrei no elevador, digitei a senha no paínel e li o bilhete.

Todo mundo tem direito a uma defesa, se quiser ouvir a minha vem até a minha casa. Se não aparecer, vou saber que acabou o que estava rolando entre nos dois


Mais em baixo tinha o endereço dela e a hora em que eu poderia aparecer.

Entrei no apartamento e deixei o meu almoço na mesinha da sala e fiquei encarando o papel.

Uma defesa?

No fundo, eu realmente queria saber o que ela ia falar pra mim.

Eu poderia dá essa defesa pra ela?

Meu celular tocou e não pela primeira vez era Vivian, eu quis deixar tocar como nas outras vezes, mas acabei atendendo a ligação dela. 

Vivian: Finalmente o babaca atendeu - gritou - Quero te matar Christopher!

Christopher: O que você quer?

Vivian: Já ouviu a Dulce?

Christopher: Não.

Vivian: Christopher não é nada disso que você  está pensando. - falou mais doce - Foi tudo um mal entendido.

Christopher: É isso que ela fala.

Vivian: Mas é a verdade. Conversamos ontem mesmo e ela me explicou tudo. O que custa ouvir a menina? Ela ficou tão triste, tão chateada por você não querer ouvi-la, até queria chorar.

Senti um aperto no meu peito ao saber que ela estava assim.

Suspirei.

Christopher: Ela deixou um bilhete aqui com o endereço da casa dela. Pediu para que eu fosse ouvi-la e se eu não aparecesse saberia que o que estava acontecendo entre a gente tinha acabado.

Vivian: E você vai?

Demorei alguns segundos para responder.

Christopher: Sim. Quero ouvir o que ela tem para dizer. - murmurei.

Vivian: Se disesse que não, eu ia te amarrar e leva-lo a força seu bocó.

Revirei os olhos.

Christopher: Tchau Vivian! - desliguei.

Depois do almoço, na qual mal encostei na comida, tentei me distrair procurando alguma coisa para assistir na TV mas encontrei nada legal. Eram quase nove horas da noite quando decidi tomar um banho e me arrumar para me encontrar com Dulce. Em poucos minutos colocava o endereço da casa dela no gps do meu celular e dei a partida no carro.

Vinte e cinco minutos depois, parava o carro em frente ao um prédio de cor azul.

Desci do carro olhando em volta e entrei no prédio procurando o número do apartamento de Dulce, conforme andava ainda não tinha absoluta certeza se deveria mesmo está aqui. Mas como todos tinham o direito de defesa, ia dar esse direito para Dulce. Não foi difícil achar o apartamento dela e logo estava tocando a campainha, não demorou muito e abriram a porta.

Christopher: Ahh desculpa, acho que errei de apartamento - falei vendo um cara sem camisa que abriu a porta e voltei a pegar o papel do meu bolso.

Xxx: Está procurando quem? 

Estranho!

Era o mesmo número do apartamento que estava no papel.

Christopher: Dulce.

Xxx: Errou não cara. Dulce mora aqui sim. - tocou no cabelo.

Christopher: Ela está? - cruzei os braços.

Xxx: Sim. Mas está no banho. - sorriu.

Olhei para o cara sem camisa e assimilei o que tinha dito.

Respirei fundo antes de dar meia volta e sair o mais rápido possível dali antes que cometesse uma besteira. Aquele cara só poderia ser o namorado dela. Burro! Idiota! Palhaço! Era claro que ele era o namorado dela, se não fosse por que estaria sem blusa todo a vontade? Que raiva! Mais uma vez fui feito de idiota. Um grande idiota. Como sou burro.

Zzz: Está vindo da casa de Dulce? - uma senhora falou da janela.

Christopher: Estou sim.

Zzz: É o cúmulo ela receber clientes em casa agora, já não basta todos os dias que os clientes vem deixa-la aqui no prédio - negou - Esse prédio é de família.

Christopher: Clientes?

Zzz: Não se faça de sonso meu filho, sabe muito bem que aquela menina é da vida fácil. - torceu a boca - Todo dia tem um entre sai de homens naquele apartamento. Qualquer dia desses vai dar confusão com tanto de homem que vem aqui. - negou. 

Precisei de um minuto para entender o que aquela senhora falou.

O quê?

Não esperei ela falar mas nada e sai do prédio desnoteado.

Dulce é garota de programa?

**************************************

Vocês agora: 🤡🤡

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora