Capítulo 95

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Dulce Maria


Acordamos era 08:20 da manhã, ainda ficamos um tempo na cama olhando  pela janela para a linda vista do mar agarradinhos um no outro. Estava tão gostoso ficar daquele jeito, mas a fome bateu e levantamos da cama, tomamos outro banho juntos e desfiz as malas guardando nossas roupas no closet.

Christopher tinha me dado a coleção inteira do desfile da agência de Vivian e como hoje só íamos ficar ou na praia daqui mesmo ou na piscina, coloquei um maiô preto que nas costelas era quase todo nú e uma tanga branca de renda, também da coleção.

Quando descemos o casal já nos esperava na bonita mesa na sala de jantar onde tinha um bonito café da manhã e uma senhora colocava um bolo de milho à mesa.

O cheiro estava delicioso.

Vivian: Bom dia!

Dulce: Bom dia! - ocupei uma das cadeiras e Christopher fez o mesmo.

Edgar: Dormiram, bem? 

Christopher: Sim.

Vivian: Essa é a Lia. - apresentou - Ela que vai cozinhar pra gente esses dias quando quisermos comer aqui.

Lia: É um prazer senhores. - sorriu.

Christopher: Oii Lia. - sorriu. 

Dulce: O prazer é meu! - falei e me servi de café e uma fatia de bolo.

Lia: Estou na cozinha, qualquer coisa é só chamar senhores. - falou antes de se afastar.

Edgar: Na hora do almoço a lancha vai está aqui pra nós levar. - avisou.

Vivian: Vão gostar da cidade. É bonita e muito agradável. - comentou - Ontem a noite não deu para ver direito.

Edgar: Estou afim de beber alguma coisa antes de ir pra cidade..- comentou pensativo.

Vivian: Por favor, não fique bêbado. - pediu e me encarou - Vou pedir para Lia preparar um drink pra mim e uma limonada pra você já que não bebe.

Dulce: Obrigada Vih!

Devoramos a mesa, o café da manhã estava delicioso. Quando terminamos o casal nos chamou pra fazer um tour pela casa e caramba, ela era enorme, tinha sete quartos, dez banheiros, uma cozinha enorme, biblioteca, uma sala de cinema e até uma linda horta nos fundos da casa que já tomava conta quase até o final da ilha. A casa dos caseiros ficava à cinco minutos da casa de Vivian e Edgar.

E a piscina, claro, era perfeita e ficava na parte da frente da casa. De frente para a imensidão do mar. Edgar chamou Christopher para ver sei lá o quê e Vivian me puxou para uma das espreguiçadeira na piscina.

Ela também estava de maiô, mas branco. Tiramos nossas tangas e deitamos um ao lado da outra olhando o mar e sentindo o vento em nossos cabelos. Lia apareceu com minha limonada e o drink da Vivian.

Vivian: Obrigada! - sorriu.

Lia: Disponha senhora! - voltou para a casa.

Dulce: Vocês tem um paraíso aqui.

Vivian: É. Mas o trabalho toma todo nosso tempo. E acabamos sem tempo para aproveitar esse paraíso.

Dulce: As vezes eu esqueço que vocês são tão ricos, principalmente Christopher e quando lembro disso fico admirada que sejam tão simples..você tem uma ilha, uma ilha e nem fica se achando por causa disso.

Vivian: Tudo depende da criação da pessoa Dul. Claro que existe pessoas que nascem para ser nojentas mas a maioria é por causa da criação, meus pais são como eu. - deu de ombros - O pai do Edgar é igual ele e Christopher teve a Mary. - sorriu. - Se fosse depender da mãe dele..- riu tomando um gole do drink.

Dulce: Alexandra é uma pessoa muito esnobe e arrogante. Agora parece arrependida de tudo o que fez pra mim, mas eu não sei, as vezes acredito nesse arrependimento e as vezes tenho a sensação de que ela continua do mesmo jeito ruim - neguei - Eu sei que é confuso, mas é o que sinto. Eu só queria que fosse tudo verdade e que pudéssemos viver juntos como uma família, sabe..ela é a mãe dele e será avó dos meus futuros filhos.

Vivian: Filhos..? Já pensam em filhos? - perguntou animada.

Dulce: Um dia. Não agora. Tenho duas irmãs e por causa delas eu sei o que é ter uma família, mas eu queria ter toda essa experiência de ser mãe, ter marido...de ter minha própria família.

Vivian: No futuro tenho certeza que Christopher e você terão uma família grande, daquelas de comerciais de manteiga, será tão fofo um bebê de vocês dois..- afirnou a voz me fazendo rir - E quanto a mãe dele, se ela realmente tiver arrependida, o tempo vai dizer, mas por agora é melhor ela ficar longe da vida de vocês, é melhor pra todos, até para ela própria.

Assenti.

Dulce: Isso é verdade. Mas e você e Edgar? Quando vão ter um bebê?

Vivian: Ainda não queremos um bebê, estamos bem assim. Apenas nos dois, somos jovens também, queremos aproveitar o máximo nosso casamento e daqui uns cinco anos, talvez, a gente tente um bebê. - sorriu.

Dulce: Também acho que um bebê tem que ser planejado. - concordei - Eu nem sei se eu era amada pelos meus pais, ou se eles sempre me rejeitaram desde da barriga. Não tenho idéia das minhas origens. - tomei minha limonada.

Vivian: Sabe que Christopher pode te ajudar a encontrar o seus pais, a conhecer sua história e..

Dulce: Quando eu era criança, eu queria muito muito saber quem era meus pais, minha mãe, quando virei adolescente fiquei na fase de "estou nem aí" e depois "quero conhecê-los sim", mas agora adulta, já dona do meu próprio nariz e tendo minhas irmãs, já não quero saber. - dei de ombros - Pra mim tanto faz, eles fizeram uma escolha ao me abandonar e eu estou fazendo minha escolha de nunca os conhecer.

Vivian: Entendo. Mas não tem nenhuma curiosidade? Mesmo? 

Dulce: Às vezes sim. Mas não é forte o suficiente para mudar a minha escolha de não conhecê-los.

Ela assentiu.

Vivian: Todos nós temos escolhas, não é? É uma pena por quê quem perdeu uma filha maravilhosa, uma mulher incrível para ser chamada orgulhosamente de filha foram eles, você não perdeu nada, por mais que tenha sido difícil crescer sem pai sem mãe, você cresceu com suas irmãs.

Sorri.

Eu amava tanto aquelas duas.

Tanto.

Observamos uma lancha se aproximar do cais. Christopher e Edgar saíram da casa vindo em nossa direção.

Dulce: Edgar falou que só ia vir na hora do almoço. - comentei.

Vivian: E vêm. - franziu o cenho - Não é minha lancha. Não sei quem é. Amor, está esperando alguém? - perguntou ao marido que ficou ao dela.

Edgar: Não. Não tenho a mínima ideia de quem seja.

Em poucos minutos, a lancha se aproximou do cais e uma ruiva alta, bem magra e bonita saiu da lancha, usava um vestido branco e chapéu de praia da mesma cor e empurrava a própria mala em nossa direção e apesar de está longe, dava pra ver o enorme sorriso nos lábios vermelhos.

Christopher: Não acredito..- murmurou irritado - Não acredito que Cheryl me seguiu até aqui. 

Dulce: Quem é Cheryl?

Christopher apenas ficou me olhando.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora