Capítulo 23

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Christopher Uckermann 

Eu estava tomando banho, ou melhor, tentando já que não podia molhar os pontos, o que obviamente, não consegui e meu curativo estava encharcado.

Aquilo era muito ruim.

Ainda sentia um pouco de dor, nada muito forte mas era incomoda. Era só tomar o remédio que o médico receitou  e ia passar. Não demorei muito no banho e quando estava saindo a campanhia tocou por todo apartamento.

Me enrolei na toalha e mesmo molhado fui abrir a porta sabendo quem era.

Dulce: Oii..- agarrou a alça da bolsa.

Segunda vez que ela faz isso.

Era um tique nervoso? 

Eu a deixava nervosa?

Ucker: Oii. Chegou bem na hora. - indiquei o curativo na minha costela que pegava para as costas.

Dulce: Vou trocar - entrou deixando a bolsa no sofá - Onde fica os curativos?

Ucker: Meu quarto. Vêm. - pedi.

Ela me seguiu até o quarto.

Entrei no banheiro e percebi que a caixa com curativos estavam em cima do armário mais alto. E eu não podia fazer esse esforço. Que droga.

Ucker: Dulce? Pode vir aqui?

Segundos depois ela apareceu.

Dulce: O que foi? - seu tom era desconfiado. Eu quis rir.

Ela não era exatamente alta.

Ucker: Acho que você não consegue. - indiquei a caixa em cima do armário.

Ela ficou alguns segundos em silêncio pensativa, até cruzar os braços e me olhar de forma séria.

Dulce: Está me chamando de baixinha? - estreitou os olhos brava.

Ucker: Você não é exatamente alta...- fui sincero vendo seus olhos estreitarem ainda mais pra mim.

Dulce: Vou te mostrar quem é baixinha aqui. - com os olhos pegando fogo se aproximou do armário. 

E por incrível que pareça, ela parecia que tinha diminuído ainda mais em frente daquele armário. Tive que prender minha boca com força para não rir disso. Quando percebeu que ela era realmente baixa, olhou para baixo e fez uma coisa que não aguentei e comecei a rir igual um retardado.

Dulce começou a pular várias vezes tentando pegar a caixa. Ela me olhava ainda mais brava. Tive que me encostar na pia e levar a mão aos pontos.

Aquilo realmente era engraçado.

Ucker: A.ch.o mel.hor você des.is..tir. - falei tentando me recuperar da risada.

Ela não respondeu continuou pulando até encostar os dedos na caixa e com essa insistência toda dela, acabou empurrando a caixa pro colo dela.

Dulce: Hã! - balançou a caixa nas mãos como um troféu - Quem é baixinha?

Respirei fundo.

Ucker: Ok. Você venceu. Conseguiu pegar mas continua pequena - sorri.

Pequena

Gostei disso.

Era a cara dela.

Dulce: Para de zombar de mim - pediu olhando dentro da caixa.

Ucker: Não estou zombando. 

Dulce: Está sim. 

Ucker: Estou não.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora