Capítulo 28

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Dulce Maria

Acordei com uma mensagem no meu celular, peguei o mesmo vendo uma mensagem de Pablo. Ele perguntava se eu poderia jantar com ele e Dona Clarice hoje para fingir que estamos tendo um relacionamento sério.

Eu disse que sim.

Não tinha nada para fazer mesmo.

Como era cedo, fui para a cozinha e preparei o café e botei para assar alguns pães de queijo. Em seguida, tomei um longo banho, quando sai desliguei o forno e fui acordar às meninas.

Maite virou para o outro da cama e Zoraida fingiu ser surda. Essas duas são muito preguiçosas, me arrumei e coloquei uma roupa na bolsa.  

Fui para a cozinha e Maite estava no banheiro, enquanto Zoraida estava largada no sofá olhando o teto esperando a vez. Elas odiavam acordar cedo todos os dias. 

Coloquei meu café na xícara e tirei a forma dos pães de queijo.

Zoraida: O cheiro é gostoso. - elogiou.

Dulce: A massa veio pronta. - sentei na cadeira e peguei um. - Hoje vou chegar mais tarde em casa. - avisei.

Zoraida me encarou.

Zoraida: Vai namorar? - sorriu maliciosa.

Dulce: Só se for com o vento.

Zoraida: Você pode ter qualquer homem gatinha. Está há meses sem ficar com alguém, como aguenta?

Dulce: Eu não sou tarada.

Zoraida: E nem virgem. Eu estaria subindo pelas paredes. - riu.

Dulce: Mas eu não estou. 

Zoraida: Vai chegar tarde por quê?

Dulce: Eu nem falei mas Pablo, filho da dona Clarice, pediu para que eu fingisse ser a namorada dele pra mãe. E hoje ele quer dar início na mentira.

Maite: Ué, por que fingir? - saiu do banheiro ouvindo tudo.

Fiquei sem jeito de dizer.

Esse assunto não era meu.

Dulce: Ele é gay. E a mãe dele não aceita homossexual de jeito nenhum.

Zoraida: Vi ele uma vez e é muito bonito.

Maite: Uau. Você concordou?

Dulce: Sim. Quero apenas ajudar.

Zoriada: Boa madre Dulce.

Maite: A madre superiora queria que ela fosse freira também - lembrou.

Zoraida: Queria que nós três fosse.

Dulce: Isso nunca ia dar certo. - ri.

Zoraida: Não mesmo. - concordou.

Maite: Vou me arrumar. - foi para o quarto e Zoraida para o banheiro.

Esperei as duas terminarem o café e logo estávamos saindo. Zoraida foi para um lado e eu e May para a parada, uma hora depois, estávamos em frente do supermercado quando vi Jonathan se agarrando com uma garota na moto dele

Passei por ele ignorando 

Maite: Cachorro...- murmurou.

Fui para o meu setor.

Abri o caixa e fiz a coletagem do dinheiro da manhã, apertei o botão vermelho e o gerente veio pegar o dinheiro deixando apenas trocado, tirei a placa e logo uma fila se formou.

Coloquei um sorriso nos lábios.

Durante a manhã atendi todos os tipos de pessoas. Das mais educadas até as mais estúpidas. E em todas elas eu mantive a calma e a paciência.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora