Almas Opostas (Concluída)

Capítulo 114

Dulce Maria

Voltei para o apartamento depois da faculdade, Fuzz me deixou aqui. As vezes eu achava que estava fazendo Christopher no meu motorista, me buscando e deixando todas as noites,  por isso, mesmo ele negando eu não deixava ele me buscar.

Na próxima semana teria outro feriadão e ele queria me dar aulas de direção, meu tempo estava apertado, por isso, só agora teria aulas de direção na qual falamos bem no início do nosso relacionamento.

Suspirei deixando minha bolsa no sofá sentindo um cheiro de algo queimando.

Segui em direção da cozinha vendo meu noivo mexer em duas panelas e falar em inglês alguns palavrões. Não falei nada e ele não me percebeu, observei meu futuro marido.

Depois do almoço com as crianças, ele ficou brincando com elas. Ele ria e se divertia com cada uma delas. Não tinha dúvidas que seria um ótimo pai no futuro. O melhor de todos.

Christopher: Droga! - largou a tampa de uma panela fazendo um barulho desagradável. 

Me aproximei lentamente e o abracei.

Dulce: O quê está fazendo?

Christopher: Tentava fazer o nosso jantar, mas não consegui. Desculpa! - se virou agora me encarando. 

Dulce: Pelo o quê?

Christopher: Por não saber cozinhar nada. - suspirou.

O beijei.

Ele retribuiu.

Nos afastamos um tempinho depois.

Dulce: Não precisa saber cozinhar. Eu cozinho pra nós dois. - dei um rápido selinho nele.

Christopher: Vou pedir uma pizza. 

Dulce: Eu cozinho agora. Não tem problema.

Christopher: Não. Você está cansada. - tocou na minha nuca - Peço uma pizza é mais rápido e prático.

Dulce: Tá bom.

Christopher: Como está Pablo? Gael?

Dulce: Se recuperando. O que eles sofreram foi horrível. Mas vão ficar bem. - suspirei - Amor, soube hoje que depois de amanhã tenho uma prova muito muito importante. 

Christopher: Sério? Seu passaporte chegou hoje. - avisou.

Dulce: Está chateado?

Christopher: Não amor. Você pode ir no dia seguinte, não pode? O evento é só no domingo, mas preciso ir depois de amanhã porque tenho um almoço programado no sábado.

Dulce: Claro. Você vai primeiro e depois eu vou. - o beijei de novo - Te amo!

Christopher: Eu que te amo! - sorriu.

[...]

Estávamos na cama, eu já estava por cima dele. E suas mãos já estavam na minha bunda. Eu só conseguia enxergar o desejo, de te-lo pra mim, de ser sua, seu corpo no meu.

Nas últimas semanas, eu estava parecendo de verdade uma ninfomaníaca, uma vontade de sexo e sexo e sexo absurda. Fizemos amor pelo apartamento inteiro, na piscina, na banheira, até no elevador. Cheguei acorda-lo duas vezes de madrugada para fazermos amor.

Se ele achava ruim? 

Ele estava adorando todo esse fogo.

Esse fogo que só ele sabia como apagar.

Sua mão entrou para dentro da minha calcinha, gemi durante o beijo e quando ele ia abaixa-lá, o empurrei o assustando e sai da cama correndo para o banheiro.

Mal levantei a tampa do vaso e comecei a vomitar. Coloquei pra fora toda pizza que comi mais cedo.

Christopher: Eiiii..- tocou na minha costa.

Dulce: S..ai da..qui! - voltei a vomitar.

Christopher: Na saúde e na doença.. - segurou no meu cabelo.

Respirei fundo.

Minutos depois, já escovava os dentes.

Christopher: Você comeu sozinha a pizza inteira. O que é estranho já que não come muita besteira. 

Dulce: Não é de se estranhar porque vomitei então. - respirei fundo.

Christopher: Está melhor? - me abraçou

Dulce: Sim. Agora estou com sono.

Christopher: Vêm, eu cuido de você meu amor. - me carregou no colo até a nossa cama - Quer que eu pegue algum remédio? Uma água?

Dulce: Só quero que me abrace. - pedi.

Christopher se ajeitou na cama e cobriu nos dois com o lençol e me abraçou bem apertado.

Dulce: Eu amo ficar aqui assim com você. - fechei os olhos.

Christopher: Eu também minha pequena. - beijou meu rosto - Te amo tanto tanto tanto tanto tanto.

Dulce: Eu te amo mais.

Christopher: Eu que amo. Agora descanse meu amor. - beijou meu rosto novamente.

Em segundos, adormeci.