A primeira coisa que eu senti, antes mesmo de abrir os olhos, foi o peso de algo muito pesado sobre meu corpo, como se fosse um elefante e ele estivesse todo largado em meu peito até as pernas, a sensação de enjôo não saia do meu estômago, eu podia sentir a boca seca e complemente resecada.
O barulho de piii-piii era alto e vozes abafadas também faziam parte do lugar que eu estava.
Com um grande esforço e todo fora do normal, lentamente eu consigo abrir os olhos e a única coisa que vejo é borrão que aos poucos, vai se intentifando por ele mesmo, me fazendo ver, por fim, com toda clareza.
O quarto era azul claro, na janela um sofá cama, ao lado uma mesa de madeira com um vazo de flores em cima, uma porta branca ao lado da mesa. A cama que estava era daqueles de hospitais mais muito confortável, ao meu lado, duas poltronas de ambos lados.
A TV pendurada ficava de frente para cama, eu estava deitado, usando uma roupa branca sem graça de hospital que parecia um vestido. Nos meus braços estavam cheios de agulhas e fios ligados diretamente de soro e algum aparelho.
No meu peito podia sentir mais fios em torno dele, e alguns até faziam um leve choque. A porta dupla de madeira se abre no canto do quarto e Mary entra no quarto silenciosa.
Nas suas mãos estão uma bolsa, que ela deixa em cima da mesa e quando se vira pra mim, me ver olhando para ela. Seu cabelo ruivo e longo está preso, o canto de seus olhos estão fundos, olheiras, melhor dizendo.
Mary: Menino...- sussurra se aproximando de mim e tocando na minha mão - Como se sente?
Christopher: Mole...- sussurrou de volta quase sem força para falar.
Mary: Meu amor...- beija minha cabeça - Vou chamar o médico - fala se afastando e indo para porta na qual entrou no quarto.
Christopher: Espera! - pedi um pouco mais alto.
Ela volta para perto de mim e segura na minha mão novamente.
Respiro fundo.
Christopher: O que aconteceu comigo?
Mary: Meu querido você teve um transtorno de extresse agudo - suspirou - Isso resultou em você, por que está extremamente sobrecarregado de trabalho, físicamente e mentalmente.
Christopher: Como assim? - do que ela está falando?
Eu estou com quê?!
Mary: Qual é a última coisa que você lembra?
Faço um esforço e lembro de pouca coisa.
Christopher: De chegarmos no Hall do hotel, sermos atingidos pela mídia, o lançamento do comercial e....- penso mais um pouco - E eu falando algo para aquelas pessoas e depois disso, não lembro de mais nada.
Mary: Você desmaiou na frente de todos no meio do seu discurso de agradecimento. Foi uma loucura e te trouxessemos o mais rápido possível para o hospital. Fizeram vários tipos de exames em você e descobriram o que você tem, ou seja, o que causou o desmaio - tocou com carinho meus cabelos - Filho você precisa se cuidar, porque se isso não for tratado com urgência...- engoliu em seco - Pode levar a pessoa á morte.
Arregalei os olhos.
Nesse momento a porta dupla de madeira se abriu e entrou um homem alto de jaleco e prancheta nas mãos.
Tinha mais ou menos a idade de Mary, coroa, olhos azuis escuros e cabelos crizados do jeito que minha babá gosta. Sei disso porque assim que ele entrou no quarto, ela ficou sem jeito.
Xxx: Como está Sr.Uckermann? - perguntou todo serio mais ao mesmo tempo simpático.
Christopher: Mole. - respondo baixo.
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Almas Opostas (Concluída)
Romance1°temporada Christopher Alexander Uckermann é o multimilíonário mais cobiçado de toda Europa e América Latina. E em uma de suas muitas viagens à negócio acaba parando no Brasil por um tempo. Dulce Maria Espinosa é uma mulher de vinte anos e atendent...