Capítulo 5

759 41 7
                                    

A primeira coisa que eu senti, antes mesmo de abrir os olhos, foi o peso de algo muito pesado sobre meu corpo, como se fosse um elefante e ele estivesse todo largado em meu peito até as pernas, a sensação de enjôo não saia do meu estômago, eu podia sentir a boca seca e complemente resecada. 

O barulho de piii-piii era alto e vozes abafadas também faziam parte do lugar que eu estava.

Com um grande esforço e todo fora do normal, lentamente eu consigo abrir os olhos e a única coisa que vejo é borrão que aos poucos, vai se intentifando por ele mesmo, me fazendo ver, por fim, com toda clareza.

O quarto era azul claro, na janela um sofá cama, ao lado uma mesa de madeira com um vazo de flores em cima, uma porta branca ao lado da mesa. A cama que estava era daqueles de hospitais mais muito confortável, ao meu lado, duas poltronas de ambos lados.

A TV pendurada ficava de frente para cama, eu estava deitado, usando uma roupa branca sem graça de hospital que parecia um vestido. Nos meus braços estavam cheios de agulhas e fios ligados diretamente de soro e algum aparelho.

No meu peito podia sentir mais fios em torno dele, e alguns até faziam um leve choque. A porta dupla de madeira se abre no canto do quarto e Mary entra no quarto silenciosa.

Nas suas mãos estão uma bolsa, que ela deixa em cima da mesa e quando se vira pra mim, me ver olhando para ela. Seu cabelo ruivo e longo está preso, o canto de seus olhos estão fundos, olheiras, melhor dizendo.

Mary: Menino...- sussurra se aproximando de mim e tocando na minha mão - Como se sente?

Christopher: Mole...- sussurrou de volta quase sem força para falar.

Mary: Meu amor...- beija minha cabeça - Vou chamar o médico - fala se afastando e indo para porta na qual entrou no quarto.

Christopher: Espera! - pedi um pouco mais alto.

Ela volta para perto de mim e segura na minha mão novamente.

Respiro fundo.

Christopher: O que aconteceu comigo? 

Mary: Meu querido você teve um transtorno de extresse agudo - suspirou - Isso resultou em você, por que está extremamente sobrecarregado de trabalho, físicamente e mentalmente.

Christopher: Como assim? - do que ela está falando?

Eu estou com quê?!

Mary: Qual é a última coisa que você lembra?

Faço um esforço e lembro de pouca coisa.

Christopher: De chegarmos no Hall do hotel, sermos atingidos pela mídia, o lançamento do comercial e....- penso mais um pouco - E eu falando algo para aquelas pessoas e depois disso, não lembro de mais nada.

Mary: Você desmaiou na frente de todos no meio do seu discurso de agradecimento. Foi uma loucura e te trouxessemos o mais rápido possível para o hospital. Fizeram vários tipos de exames em você e descobriram o que você tem, ou seja, o que causou o desmaio - tocou com carinho meus cabelos - Filho você precisa se cuidar, porque se isso não for tratado com urgência...- engoliu em seco - Pode levar a pessoa á morte.

Arregalei os olhos.

Nesse momento a porta dupla de madeira se abriu e entrou um homem alto de jaleco e prancheta nas mãos.

Tinha mais ou menos a idade de Mary, coroa, olhos azuis escuros e cabelos crizados do jeito que minha babá gosta. Sei disso porque assim que ele entrou no quarto, ela ficou sem jeito.

Xxx: Como está Sr.Uckermann? - perguntou todo serio mais ao mesmo tempo simpático.

Christopher: Mole. - respondo baixo.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora