Capítulo 118

441 26 23
                                    

Dulce Maria


Dia Seguinte.

Sábado.

10:02 da manhã.

Puxava a mala pelo corredor do hospital, tinha saído da casa da Fuzz, depois de ter praticamente esvaziado a geladeira dela e depois de dois minutos, está com a cara abaixada vomitando de novo.

Sinceramente, não aguentava mais vomitar. 

Dulce: Olá! - falei entrando no quarto - Vim saber como está e dar tchau.

Pablo tomava café com a mãe dele dando na boca dele. Os dois tinham feito as pazes, parece que o susto de ver o filho naquele estado fez ela perceber o quanto estava errada.

Clarice: Já vai daqui, querida? - levou uma colher de iorgute até a boca do filho, mas Pablo virou o rosto.

Pablo: Meu outro braço está bom mãe. Não precisa disso. - reclamou.

Dulce: Sim. Meu vôo está marcado para às duas.  Mas vou ficar esperando lá mesmo. Como você está, bebê da mamãe? - provoquei.

Dona Clarice riu.

Pablo: Estou bem. Não precisava ter vindo aqui. Obrigado!

Dulce: Claro que precisava. Você é meu amigo. - toquei na mão dele.

Clarice: Espero que se divirta na sua viagem. - desejou me olhando dos pés à cabeça dando um sorriso.

Pablo: Por quê está olhando ela desse jeito? - riu.

Clarice: Nada. Só está linda hoje querida.

Pablo: A Dul é linda todos os dias.

Dulce: Ah, obrigada! - sorri.

Eu usava uma saía jeans, uma blusa vermelha e tênis. 

Dulce: Só vim dar um beijo, preciso passar no laboratório daqui antes de ir para o aeroporto. - beijei com cuidado o rosto do Pablo e abracei a mãe dele fortemente - Quando voltar, vou na sua casa te visitar. - avisei.

Pablo: Tá bom. Vou esperar. Boa viagem! - sorriu.

Peguei minha mala de novo e andei até a porta, mas a voz de dona Clarice voltou a preencher o quarto.

Clarice: Querida?

Dulce: Sim..- a encarei.

Clarice: Fique longe de café. - pediu.

Dulce: Por quê?

Ela negou.

Clarice: É só um...pressentimento. - sorriu.

Franzi o cenho.

Dulce: Tá bom! - ri.

Dez minutos depois, bati na porta do laboratório e Susana, uma enfermeira abriu a porta e sorriu ao me ver.

Susana: Oii Dul. Espera..- se afastou e segundos depois me entregou um envelope - A Pamela mandou dar pra você, disse que você sabe o que é.

Dulce: Estava esperando por isso. Obrigada! - encarei o envelope.

Me sentei numa das cadeiras em frente ao laboratório e abri o envelope um pouco nervosa. E quando li o resultado, precisei me controlar para não chorar.

Zoraida.

Minha irmã, a mulher que era minha irmã, também era irmã de Christopher, Lucy e Julie.

Meu Deus!

Respirei fundo.

Como isso podia ser possível?

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora