Capítulo 3

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Dulce Maria

Eu nunca iria conseguir entender a lógica da maioria dos homens, uma hora eles estão em cima de você te bajulando e dizendo que você é o grande amor da vida deles. E numa outra hora, eles estão se atracando com uma sirigaita qualquer, como entender isso?

Com um grande gosto amargo na boca, me viro para não ver Jonathan e sua mais nova conquista, a garota com quem ele me traiu. Termino de arrumar minhas coisas e saio do meu setor. Natacha quando me ver saindo se aproxima de mim, com um grande sorriso nos labios.

Ela era sem a menor sombra de dúvidas a mulher mais linda que trabalha aqui, além da Maite.

Seus cabelos loiros e lisos até os ombros, sua pele branquinha, seus olhos verdes claros, seu busto rebitado e sua boca igual da atriz Angelina Jolie.

Ela era uma Deusa e também minha Chefe. 

Assim que ficou frente á frente de mim, fiquei embreagada com seu perfume doce. Nunca vi uma mulher gostar tanto de usar perfume como ela, poderia até ser agradável mas não era. Era muito doce e super enjoativo.

Natacha: Já vai Dulce? Pensei que hoje ficaria a madrugada também. Já que sempre faz isso. - deu um meio sorriso.

Dulce: Sim. Preciso resolver muitas coisas pedentes ainda. - dei de ombros segurando na alça da minha bolsa.

Natacha: Certo...- me olhou hesitante.

Dulce: Posso ajudar em alguma coisa? - ergui uma sobrancelha.

Ela não parava quieta, parecia querer perguntar alguma coisa.

Natacha: Não quero me intrometer na vida particular dos meus funcionários, mas eu não estou aguentado. Por que você e o Jonathan terminaram? - perguntou curiosa.

Não sei bem o por quê, mas acabei rindo com essa pergunta. Natacha Oliveira era além de uma Deusa, era uma curiosa sem tamanho.

Dulce: Por motivos que eu não gostaria de entrar no assunto, me entende? - falei sensível.

Natacha: Claro. - parecia decepcionada - Quer que eu te der uma carona? - cruzou os braços.

Dulce: Não obrigada. Vou de ônibus mesmo. - sorri agradescida.

Natacha: Tudo Bem. Boa Noite Dulce! - sorriu antes de começar a se afastar.

Dulce: Boa Noite...- murmurei.

Sai do supermercado e caminhei pelas ruas indo para parada de ônibus. Já tinha esse caminho decorado na minha mente.

A rua estava bastante movimentada. Nessas horas de seis para ás sete da noite, ela sempre estava acostumavada a ficar assim. Pessoas saiam do trabalho, outras para faculdade.

Soltei um longo suspiro.

Faculdade.

Uma palavra tão simples, mas tão difícil pra mim. Faziam certa de dois anos que eu tentava entrar para uma faculdade pública e não conseguia. Era muito concorrido as grande universidades públicas.

Principalmente se for para o curso de medicina.

Mas mesmo assim eu não iria desistir. Afinal,  sou brasileira e brasileira não desiste nunca. Não é mesmo?

Uma búzina me trás de volta á realidade e percebo que já estou em frente a parada de ônibus lotada. Uma hora depois, meu ônibus aparece e eu entro, sendo esmagada pelos passageiros. 

Vida de pobre é difícil!

Não estou reclamando, muito pelo ao contrário, agradesço muito á Deus por tudo que tenho, mesmo sendo pouco.

Almas Opostas (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora