parte 16

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— CÍNTIA, PODEMOS FALAR DISSO QUANDO eu estiver aí? — ele parece não estar surpreso com minha pergunta

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— CÍNTIA, PODEMOS FALAR DISSO QUANDO eu estiver aí? — ele parece não estar surpreso com minha pergunta.

— Não. É urgente! Por favor.

— O que houve? Você saiu? Cíntia, porra, é perigoso! — ele se irrita.

— Quer saber? Esquece. — me preparo pra desligar na cara dele.

— Espera. Me desculpa, tá? Pode me explicar tudo?

— Eu... — entro num dilema, sem saber se devo contar pra ele ou não.

— Fala! Isso tá me deixando incomodado.

— O Luís me seguiu. Eu acho. Ele me chamou pra entrar no carro-

— Carro? Que carro? — ele me interrompe.

— Rafael, foda-se que carro é. Quer ouvir ou não? — pergunto aborrecida e ele diz pra eu continuar. — Ele disse que não faria nada comigo se eu contasse onde você tá. Queria me obrigar a entrar no maldito carro, até que eu saí correndo e acho que despistei ele.

— Eu tô indo pra aí agora. Foi uma péssima ideia ter deixado você sozinha. A partir de agora vou ficar sempre do seu lado, ok?

— Agora é que ficou perigoso. Não quero que ele te faça nada, Rafael. Eu não suportaria.

— Cíntia, estamos juntos nessa. Não tente me proteger, porque eu já sobrevivi a tudo que ele me fez. — ele diz num tom protetor. — Mas...o que isso tem a ver com seu pai?

— Ah... — me arrependo de ter mencionado ele. — Ele disse que faria qualquer coisa pra eu perdoa-lo. Sei lá, acho que me emocionei um pouco.

— Ele é um bandido, assim como o Luís. Não merece uma segunda chance, muito menos o seu perdão.

— Quem disse que eu perdoaria ele de verdade?

— Ah, não? — ele finalmente entende. — Bom, não sei se é uma boa ideia.

— Então fique fora disso. Eu me viro sozinha.

— Cíntia, mas que caralho! Quer que eu repita tudo de novo? — ele resmunga.

— Você não sabe o que quer, também! — rebato.

— Eu tô indo, aí conversamos, ok? — ele fala num tom mais suave, antes de desligar.

ponto de vista rafael
momentos atrás

Estaciono meu carro na porta de um mercadinho. Assim que entro, pego uma cesta de compras e vou pra parte dos iogurtes. Pego vários copinhos e uma garrafa grande de sabor banana, maçã e mamão. Ao caminhar pelo corredor que dá pro caixa, vejo de longe, ninguém mais ninguém menos que o pai da Cíntia.

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