parte 20

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Sentir inúmeras coisas diferentes já virou parte da minha rotina

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Sentir inúmeras coisas diferentes já virou parte da minha rotina. Não devia, mas infelizmente virou.

— Se sente melhor, filha? — minha mãe toca meu ombro, fazendo eu me assustar.

— Ela tá bem. — Rafael responde por mim, quando percebe que eu fiz uma cara enojada. — Só precisa descansar um pouco.

— Eu posso descansar quando tiver morta. — digo, tendo uma ideia de repente. — Agora deu uma vontade de ir no cinema. Quer vir comigo? — pergunto ao Rafael, tentando sinalizar pra ele entender.

— Vocês juntos não dá certo, Cíntia. Eu já expliquei isso um milhão de vezes. — Amélia, minha mãe, resmunga. — E você tá de castigo, não se lembra?

— Não.

— Pode ir pro seu quarto. Pense no que você fez com o Luís e planeje um pedido de desculpas pra ele. — ela aponta pra minha porta.

— Claro, mãezinha. — sorrio cínica, antes de dar rápidos passos, me distanciando dos dois.

Tudo bem. Ela é doente de verdade, mas eu não. Eu estou mais sã do que nunca. Pretendo resolver não só a minha relação com essa família, mas a de todos. Isso claro, depois de pedir encarecidas desculpas ao meu padrasto estuprador. Ele vai adorar, certeza.

— Açaí? — Rafael abriu lentamente a porta do meu quarto, me flagrando com papel e caneta no meio dos lençóis.

— Oi, loiro. — cumprimentei-o.

— O que quer fazer? Conheço essa cara.

— Vou pedir desculpas pro seu pai, ué! Nada mais justo. Eu realmente sinto muito pelo que fiz com ele. — forço uma voz sofrida.

— E depois? Vai fugir pela janela e tentar chegar no cinema sozinha? — ele debocha.

— Eu não quero ir no cinema! — reviro os olhos.

— Ah, tá! Agora entendi! Quer dizer, não. Não entendo. — ele cruza os braços.

— Lembra da Rayane? Nós fomos na casa dela pedir as bicicletas do pai dela emprestadas pra passear, e o Luís nos obrigou à voltar pra casa?

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