parte 17

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— Posso saber o que tava fazendo no quarto do Luís? — Rafael me questiona, quando nos encontramos nos corredor

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— Posso saber o que tava fazendo no quarto do Luís? — Rafael me questiona, quando nos encontramos nos corredor.

— Tive que massagear o velho. E por quê se importa? Não tá feliz, de volta pra casa, de volta pra babação de ovo do seu lado? — debocho.

— Para de falar merda, Cíntia. — ele sussurra. — Eu não to feliz. Estaria feliz se tivéssemos numa ilha deserta, só nós dois. Longe da realidade. — ele desabafa e o meu coração aperta.

— Isso é tão injus... — faço uma pausa, quando ouço passos vindos das escadas. — Me abraça.

— Quê?

— Me abraça, agora! Eu to mandando! — grunho baixo.

Ele me abraça meio desconfortável e segundos depois minha mãe aparece, fazendo uma cara de desagrado.

— Não entenderam quando eu disse "fiquem longe um do outro"? Se afastem, agora. — ela exige, e nós nos afastamos.

— Abraços não influenciam, mãe. — sorrio, dando ênfase em "mãe".

— Aqui nessa casa, sim. — ela responde, e eu reviro os olhos. — Já massageou o seu padrasto?

Só faltava ela dizer "pai".

— Já. — digo sem encara-la.

— Agora coloque os pratos na mesa, já vamos jantar. Ande, garota! — ela me apressa. — Rafael, pode sentar-se à mesa, Luís e eu já chegaremos lá. — ela toca no braço do loiro e sorri.

Cruzo os braços quando ela entra no próprio quarto e nos deixa parados no corredor. Até quando o Rafael vai ser a vítima inocente dessa casa? Por quê eu tenho que ser a vilã? Por quê precisa ter um vilão?

Tantas perguntas se passam pela minha cabeça agora. Só me faz lembrar que os meus dias de liberdade acabaram. Agora eu voltei pro lugar da tormenta e não vou sair tão cedo.

Como eu queria minha câmera agora. A polícia levou por motivos de não tenho ideia. Eu tava viajando quando eles explicaram o que fariam com a nossa situação.

— Deixa que eu coloco os pratos. — Rafael diz, quebrando o silêncio.

— Ela me mandou fazer isso. Os pobres coitados sentam na mesa e observam a empregada. — me adianto e começo à descer as escadas.

— Eu não tenho culpa se eles me veem desse jeito, agora você sabe que eu te amo mais que tudo, e ainda fica me provocando desse jeito como se eu gostasse da sua rejeição? Tá foda, Cíntia. — ele me segue e faz uma cara de cachorro sem dono.

— Tá bom. — tenho vontade de abraçar ele.

— "Tá bom"? Que bela resposta. — ele ri.

— Valeu. — agradeço, debochando. — Eu também te amo, você sabe, né?

— Eu sei que você morre por mim. — ele brinca.

— Ah, pronto. Começou. — reviro os olhos.

— To brincando, esquentadinha. — ele beija minha bochecha e sussurra no meu ouvido.

Chegamos na cozinha e em vez de só um colocar os pratos na mesa, fomos os dois. Ele me faz esquecer a angústia que sinto quando olho em volta dessa casa. Dessa triste casa.

— Por quê tá sorrindo assim? — Rafael pergunta, reparando.

— Nada não. — disfarço, ainda sorrindo.

— Minhas costas! — ouço um grito de Luís vindo lá de cima, e sorrio ainda mais.

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