SESSENTA E SETE

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        Após vários beijos cheios de saudade, paramos para nos encarar com enormes sorrisos bobos nos lábios. Pude sentir aquela sensação gostosa de frio no estomago, que tanto sentia falta. Tudo vai ficar bem. Era o que os seus olhos pareciam me dizer. O homem se levanta e logo, em seguida, me oferece a mão para que me levante também. Quando faço menção de me afastar dele para pegar a pequena mala com as minhas coisas, Namjoon me puxa, fazendo com que me chocasse contra seu peitoral.

        — Deixa que eu pego para você, amor. — Sua voz era tão doce e suave, que nem parecia que o homem havia feito toda aquele drama, por causa dos bebês. Se isso for mais um sonho, não vou responder por mim, quando acorda.

        Namjoon e eu saímos do quarto de mãos dadas, sendo que com a mão livre o mesmo segurava a minha mala de mão. Nossos amigos, que esperavam por nós do lado de fora, encaravam a cena um pouco desconfiados como se não acreditassem muito naquilo. Trocamos breves palavras e abraços, antes de seguir com o Kim para o elevador, mas antes que a porta se fechasse o irmão mais novo do homem adentrou.

        — Então gatinha, para onde estamos indo? — Indagou com um lindo sorriso quadrado, enquanto a porta se fechava.

        Namjoon é mais rápido e me impede de responde-lo.

        — Minha esposa e eu estamos indo para casa "sozinhos". — Dita de cara feia para o irmão mais novo ao passo que estou surtando, por ele me chamar de esposa.

        GENTE, ELE ME CHAMOU DE ESPOSA. Será que ele percebeu o que disse? Será que não estamos indo rápido? Nós acabamos de meio que nos resolver. Balanço a cabeça saindo dos meus devaneios, para que eles não me deixem estragar tudo. Havia prometido para o Jeon, que seria feliz e a minha felicidade está onde meu coração se encontra, que é na mão deste homem que aperta minha mãe suavemente.

        Fiquei tanto tempo o encarando, que nem percebi o clima pesado no elevador. Só me dei conta, quando as portas do elevador se abriram no estacionamento e Taehyung saiu sem ao menos me dar tchau. Fiz menção de segui-lo, mas a mão do Kim mais velho me segurou firme no lugar. O mirei de canto, mas o mesmo nem sequer me olhou nos olhos, apenas apertou o botão do elevador para descer mais um andar do estacionamento. Que merda eu pedir? Teria que ligar para o Tae mais tarde, para descobrir e eventualmente, pedir desculpa, mas isso, longe da presença do ciumento do seu irmão mais velho.

        Assim que saímos do elevador, pude ver o motorista do Kim mais velho, que nos esperar do lado de fora do carro, abrir o porta-malas ao ver a minha mala de mão que o homem carregava. Entrei no carro, enquanto Namjoon deixavam a mala no bagageiro. Ele parecia tão estranho, oscilando de humor. Quem vê pensa até que é ele que está gravido. Soltou uma risadinha baixa, que chama a atenção do homem, que adentra o carro ao meu lado. O mesmo me encarava com a uma das sobrancelhas arqueadas, esperando respostas, mas apenas o ignorei virando o rosto em direção da janela.

        Deixamos o hospital e não trocamos mais nenhuma palavra durante todo o percurso. Esperava que o homem me levasse para a sua mansão – o Kim mais novo havia me contado que o irmão mais velho tinha mandado reforma-la, após o incêndio, quando ainda estávamos no cruzeiro –, mas desconhecia o caminho que estávamos indo, então me ocupei admirando a vista do lindo céu azul. Nem percebi, quando o carro parou e muito menos quando o motorista abriu a porta para mim.

        — Kristen. — O Kim me chamou minha atenção preocupado. — Está tudo bem? — Apenas assenti.

        Assim, que sai do carro, a minha boca se abriu em um perfeito "o". Nós estávamos de frente a um dos prédios mais luxuosos da cidade, muito renomado pela sua arquitetura neogótico, o que lembrava muito um castelo de médio porte da idade média, além de que, o mesmo no passado também foi usado como uma igreja. Não posso entrar nesse lugar, pois assim eu pôr o pé na porta, caio.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora