CINQUENTA E CINCO

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BDSM é uma atividade consensual que respeita os direitos fundamentais de cada ser humano envolvido; isso o separa do abuso sexual e doméstico.

        Me despeço com um abraço apertado do Jung. Assim que o homem, some do meu campo de vista, destranco a porta. Será que o Namjoon estava esperando por mim acordado? As luzes estavam todas apagadas, quando entrei no quarto e nem me atrevi liga-las. Pisquei os olhos algumas vezes para adaptar a minha visão a falta de luz. 

        Olho para cama, vendo o Kim dormir profundamente com o celular sobre o peito. Provavelmente, deve ter me ligado, porém não havia sinal na sala onde estava. Havia uma mesa de vidro, para atender os pedidos de refeição no quarto e é nela que deixo o contrato. Pego a coberta sobre o baú, em frente a cama e me aproximo do homem para cobri-lo. Assim que faço, deixo um beijo em sua testa.

        Precisava urgente de um banho, pois me sentia vencida e grudenta pelo sal do mar. Ando na ponta dos pés até as malas, em busca de um pijama limpo. Abro a mesma, percebendo que a mala estava igual a primeira, que Ashley me deu, quando saímos para uma cafeteria. Como na última, era dívida em três partes com roupas de seda, látex, sex toys e peças intimas minúsculas. 

        Rio ao lembrar das coisas que havia passado pela minha cabeça naquela época. De primeira, senti um pouco de arrependimento, mas depois havia ficado animada. E aqui estou, conquistei o coração do homem, que estou apaixonada e prestes a viver uma experiencia única ao seu lado.

        A nostalgia daquela época, me faz tomar uma decisão – que acho ser certa. Caminho em direção a mesa, pego o contrato com o coração batendo rápido, assino sem nem ao menos ler o restante de seu conteúdo. Confiava no Kim, então nada de mal poderia me acontecer. Deixo os papeis ali, me sentido mais leve. Esse era o começo do nosso final feliz. 

        Passo o banho inteiro sorrindo como uma idiota. Desligo o registro e visto apenas uma lingerie. Ainda com as luzes apagadas, encaro o corpo do homem deitado na cama. Ele havia tirado a camisa. O clima havia ficado bastante quente, agora a noite. Ligo o ar-condicionado e me enrolo nas cobertas ao lado de Namjoon. Seus grossos braços me envolvem pela cintura, enfio o meu rosto em seu peitoral quente e assim adormeço.

        Tento voltar ao dormir, quando o barulho do chuveiro sendo desligado me acorda, mas o cheiro do seu perfume dispersa o sono. Meus olhos ardem, por causa da claridade, quando os abro relutante, querendo dormir mais. Rolo na cama e fico deitada de bruços. Sinto as vistas um pouco borradas, mas ainda assim, dava para ver o corpo musculoso do Kim. O mesmo andava de um lado para o outro no quarto, sussurrando algo no celular, com apenas uma tolha enrolada na cintura. Será que havia acontecido algo no trabalho? Ou, será que havia pegados os Choi e poderíamos voltar para casa? Bem, não me importava com o motivo da ligação, contando que ele ainda estivesse aqui comigo.

        — Bom dia, amor. — O cumprimento, assim que a ligação se encerra.

        — Chegou tarde ontem. — Afirma sem nem ao mesmo me olhar nos olhos.

        — Perdi a hora lendo o contrato. — Justifico esperando que o mesmo me olhasse, mas não o fez.

        Namjoon joga o aparelho no sofá e caminha para o banheiro, se livrando na toalha, me dando a visão da sua bunda. Por que a bunda dele parece maior que a minha? Afasto a coberta e encaro a minha bundinha desanimada. Tento espiar o que o homem faz no banheiro, mas não consigo, por causa da minha visão ainda estar borrada.

        — Vi que assinou. — Sua voz profunda me desperta uma certa ansiedade. — Conseguiu ler tudo? — Engulo em seco, me sentando na cama, sabendo que nem conseguir chegar na metade da folha, quando o Jung me encontrou.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora