TRINTA E NOVE

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        O quão injusto era o destino? O que errada eu fui? Como o deixei partir? Tive o Kim em meus braços naquela noite, mas desisti dele, fugindo como uma covarde, quando ele mais precisou de mim ao seu lado. Por que eu agi assim? Sei os motivos, mas agora, depois de ouvir que ele tem outra mulher, eles pareciam motivos bobos. Havia tomado as dores de Hoseok, achando que não merecia ser feliz, pois roubei dele a sua felicidade. Não poderia culpa-lo. Meus sentimentos estão a flor da pele. Estava desestabilizada e minha mente confusa, mas mesmo assim, nada e nem ninguém era o culpado. Abrir mão do Kim foi escolha minha.

        Tiro meus sapatos na entrada, continuando de cabeça baixa, como se estivesse fazendo o caminho da vergonha até o quarto. Deixo um rasto de água, por onde passo, a chuva havia me deixado encharcada. Mando mensagens para os meus melhores amigos, enquanto tiro a roupa molhada e pego novas secas e limpas. Não demoro muito no banho quente. Preparo um copo de achocolatado, sentindo meu nariz um pouco entupido, duvidado que fosse apenas o banho da chuva fosse o motivo.

        Em poucos minutos, ouço as batidas na porta e lá estão meus amigos. Eles carregavam algumas sacolas que, provavelmente, era de comidas e doces para me animar. Vê-los ali, por mim, me fez pensar como ainda não tinha feito algo que afastasse os mesmos. Era um desastre ambulante, que sempre foge, quando a situação fica difícil. Sentamos no meu sofá, finalmente, pude chorar como um neném recém-nascido no colo deles, ao ponto até de escorrer catarro.

        — Você está deplorável. — Gabriel me passa mais um lenço umedecido para assoar o nariz.

        — Gabriel! — Catarine repreende o homem de cabelos cacheados. — Oh, Kristen, foi melhor assim. — Faz carinho nos meus cabelos me tranquilizando.

        — MELHOR? — Gaba indaga indignado e horrorizado. — Catarine, você perdeu o juízo? Como isso foi melhor? Ela acabou de perder o grande homão da vida dela. — Me encolhi mais ainda.

        Gabriel não era muito bom em consolar os outros. Talvez, só talvez, fosse sincero demais. Posso lembrar da primeira briga do Kyle e a Cat. A mulher nos ligou em pratos, enquanto a consolava, o garoto desceu a língua para dizer, que ela devia pular fora dele e que as galhas dela era maior do que as do Tufão de Avenida Brasil. Se Catarine havia chorando horrores, depois dessa ela está criando o próprio diluvio da arca de Noé. No fim, lá estava ela com o homem de novo e nós fizemos a egípcia daquilo tudo.

        — Não sei se você sabe, mas um homem como Kim Namjoon só aparece uma vez na vida. Não é igual ao seu namorado, que balança uma arvore e cai uns quinze igual. — Diz implicante, deixando a minha amiga sem palavras.

        — Obrigada aí. — Digo, levantando a cabeça do colo da mulher, antes que os dois entre em discursão.

        — Desculpe, garotinha, mas você foi muito burrinha. — Acende um cigarro. — Tem certeza que ele não estava brincando, nem nada? — O encaro feio e o mesmo apaga o cigarro com um suspiro pesado.

        — Ele falou bem sério. — Respondo após repassar toda a nossa conversa na cafeteria.

        Lembrar do sorriso dele contanto que conheceu alguém, fez com que meu coração se despedaçar. Não queria ser egoísta, mas era difícil. Meu ciúme estava nas alturas. Quem seria o motivo daquele lindo sorriso de arrancar suspiros? Seus olhos fechadinhos com ruguinhas, as bochechas gordinhas com aquelas preciosidades de covinhas. Okay, estou muito apaixonada por ele, mas que resistiria ao Kim?

        — Vou perguntar agora, para a fofoqueira da Sana, se tem algum casamento marcado mesmo na agenda dele. — Gaba tira o celular do bolso e começar a digitar rapidamente.

        — Não precisa. — Abaixo o celular na mão dele.

        — Como não? E se for mentira? — Sugere Cat.

        — Vai doer mais saber que ele me rejeitou usando uma mentira. — Ele poderia ter sido sincero comigo.

        — Pior que vai mesmo. — O homem faz uma careta concordando comigo.

        — Gaba! — Catarine bate o ombro do rapaz.

        — Que foi, mulher? — Alisa o ombro. — Olha, garotinha, levanta a porra dessa bunda daí e vai reconquistar seu macho. Anda! — Começa a chacoalhar meu corpo.

        — Como?

        — Enfia um plug no toba para reconquistar o macho. — Meus olhos e os de Catarine se arregalaram, mas isso não fez com que o cacheado parasse de falar. — Funcionou uma vez, deve funcionar de novo. — Fico vermelha ao lembrar do que tinha feito.

        — Gabriel! — A mulher chama a atenção do garoto, mas para um pouco e mira meus olhos assustada. — Espera, você já fez isso antes? — O pavor em seu rosto me deixa constrangida.

        — Aposto que ele quer estar com mulher de verdade e não com uma garotinha, que o ignorou por meses, depois de levar um tiro. — Mudo de assunto.

        — Cadê a atitude da minha melhor amiga? — Gaba balança meu corpo novamente.

        — Ela perdeu já faz um tempo. — Estava triste, constrangida e com um remorso enorme que não cabia no peito.

        — Kristen... — Interrompo a mulher antes que possam falar mais alguma coisa.

        — Preciso ficar sozinha um tempinho. — Os dois se encaram, por breves segundos, ponderando se iriam ou não me deixar sozinha.

        — A gente nem abriu o sorvete. — Agora foi a vez do homem repreender a mulher com um olhar feio.

        Ambos se levantam.

        — Liga se precisa da gente. — Catarine desliza as mãos por meus cabelos.

        — Iremos vir correndo para te xingar, se não fizer algo para ter o Kim de novo. — Ri fraco continuando no sofá, enquanto os dois se dirigiam até a porta.

        — Garoto, você não tem jeito. — A mulher revira os olhos.

        — Vai ficar adulando-a sabendo que ela errou, passadora de pano oficial? — O homem indaga colocando as mãos na própria cintura.

        — Eu ainda posso ouvir vocês. — Observo os dois parados de frente a porta murmurando algo.

        — Já estamos indo. — Ouço o barulho da fechadura.

        — Tranquem a porta, quando saírem e joguem a chave por baixo. — Peço ainda ouvindo os dois sussurrarem.

        Deito no sofá e permaneço em silencio. Minha mente voa para minhas lembranças com Namjoon. Como queria poder vivendo bem mais do que apenas sexo com ele. Nos nem conseguimos experimentar mais do lado sexual, que queríamos. Começo rir sozinha lembrando de uma de nossas noites juntos, onde o Kim disse que estava me "amaciando" primeiro, para não me assustar e desistir de tentar alguns de seus fetiches, que o mesmo queria fazer comigo.

        Ele era incrível na cama, o que me deixava mais ansiosa para quando ele terminasse de 'amaciar'. A curiosidade que tinha era enorme. Que cartas na manga ele teria? Namjoon havia prometido, que as experiências que queria viver comigo, nos levaria ao paraíso. Mas e agora? Será que ele estava fazendo isso com a outra? Meu coração se aperta mais ainda. Sexo a gente encontra em qualquer lugar com qualquer pessoa. Eu queria bem mais que isso, queria conhecer o Kim de verdade. Queria fazer parte de sua felicidade.

Olá sweeties ♡  Estou muito ansiosa para postar os próximos capítulos, estou me segurando, mas um pequeno spoiler teremos service de hot. Me digam o que estão achando e o que esperam agora da fic. Seus votinhos também são ótimos feedbacks. Te vejo no próximo capitulo. bjs.

Daddy Kink | KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora